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07/10/2013

A Doutrina dos Provérbios

A essência do Livro dos Provérbios é o ensino da moral e dos princípios éticos. A peculiaridade deste livro é que ele ensina principalmente por meio de contrastes. Especialmente dignos de nota são os capítulos 10-15, onde quase todo versículo distingue-se pela palavra "mas".Na primeira seção, os capítulos 1-9, também foram empregados contrastes entre o bem e o mal. O bem nesta seção está indicado por diversas palavras sabedoria, instrução, entendimento, justiça, juízo,equidade, conhecimento, discernimento, saber, conselhos – mas especialmente sabedoria, que aparece dezessete vezes nesta porção e vinte e duas vezes no restante do livro. A bem conhecida declaração de 1:7, "o temor do Senhor é o princípio do saber", repetida no final da seção (9:10) pode ser considerada o tema do livro. Esta declaração reaparece ao pé da letra (com as cláusulas invertidas) no alfabético Salmo 111:10, e em forma quase idêntica no clímax do capítulo 28 de Jó,o qual descreve em forma altamente poética a busca da sabedoria.

Peculiar a esta seção de Provérbios é a personificação da sabedoria como se fosse uma mulher. Pela primeira vez aparece em 3:15.Provérbios 7:4 abre o caminho à personificação: "Dize à sabedoria: Tu és minha irmã". Ela se completa nos capítulos 8 e 9, onde a Sabedoria convida os tolos a participarem de sua festa. Só em Provérbios e só nesta primeira parte a sabedoria foi assim personificada.É essencial à compreensão desta primeira parte que se reconheça esta personificação. Considerando que "sabedoria" em hebraico é um substantivo feminino, é natural e prontamente personificada em uma mulher. Mais do que isto, o autor aqui contrasta a "sabedoria", uma mulher virtuosa, com a prostituta, a mulher estranha. E tal como a sabedoria representa todas as virtudes, provavelmente a mulher estranha tipifica e inclui todo o pecado.O contraste é estudado e artístico. A Sabedoria clama nas ruas (8:3).Seu convite é: "Quem é simples, volte-se para aqui" (9: 4). Em contraste,a mulher tola, que convida às águas roubadas e cujos convidados estão nas profundezas do inferno (9:17,18), faz um convite idêntico: "Quem é simples, volte-se para aqui" (9: 16). A Sabedoria chama os simples a abandonarem o pecado; a prostituta os chama à indulgência para com ele. Esta seção, Provérbios 1 a 9, contrasta portanto o pecado com a justiça. As palavras "sabedoria", "instrução", "entendimento", etc.,através de toda esta passagem, não se referem simplesmente à inteligência e capacidade humanas; mas antes contrastam com aquilo que é mau. A sabedoria conforme usada aqui é portanto uma qualidade moral. Deve-se notar que este é um uso especial. Na maior parte do Velho Testamento, a sabedoria é simplesmente capacidade ou sagacidade. Até no Eclesiastes, onde a sabedoria também foi enfatizada,é apenas inteligência humana e portanto foi colocada ao lado da loucura como vaidade (Ec. 2:12-15).Só em Jó 28 e em certos salmos (37:30; 51: 6; 91: 12; 111:10) é que se nota o conceito proverbial da sabedoria. Mesmo a sabedoria pela qual Salomão se tornou famoso nos livros históricos não era exatamente esta sabedoria. Ele ficou famoso por sua capacidade na ciência natural (I Reis 4:33), na jurisprudência (I Reis 31 16-28) e por sua grande inteligência (I Reis 10:1-9). Provérbios acrescenta ao conceito da acuidade mental a retidão moral a única que dá mérito à inteligência.Na segunda seção, os Provérbios de Salomão, 10:1 – 22:16, adoutrina é apresentada quase que exclusivamente através de versículos isolados. Através do capítulo 15, o ensino é feito por meio de contraste,indicado por um 'irias" no meio de quase todos os versículos. Subsequentemente há paralelos de idéias mais freqüentes que os contrastes. Esta seção cobre uma larga escala de assuntos e torna difícil fazer um esboço. O ponto de vista, contudo, é bastante consistente.Salomão faz um contraste entre a sabedoria e a loucura. E, como na Seção l, não é a inteligência versus a estupidez; é a sabedoria moral versus o pecado. Nesta seção a sabedoria não está personificada, mas os mesmos sinônimos da Seção I foram usados aqui em se tratando dela –entendimento, justiça, instrução. O louco também tem o seu paralelo: o zombador, o preguiçoso, o obstinado.As seções seguintes (veja Esboço) continua nesta linha. Conforme Toy destaca (Crawford H. Toy, ICC sobre Proverbs , pág. xi), a ética do livro é muito alta. Honestidade, verdade, respeito pela vida e propriedade são os pontos nos quais se insiste. Os homens são aconselhados a exercerem a justiça, o amor, a misericórdia para com os outros. Uma boa vida familiar, com cuidadosa educação das crianças e um alto padrão feminino é o que se reflete.Quanto ao aspecto religioso, o Senhor se entende como o autor da moral e da justiça, e o monoteísmo é pressuposto. As referências à Lei e à profecia (29:18) ao sacerdócio e aos sacrifícios (15:8; 21:3, 27) são poucas, no entanto. O autor fala de si mesmo, inculcando princípios de boa conduta como vindos do Senhor.


(Extraído de:: Comentário Bíblico Moody)

17/04/2013

A SEDE PELO PODER


"28 Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.
29 Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi." - (Gênesis 1)


Na Criação,descrita nos primeiros capítulos das Sagradas Escrituras, no Livro de Gênesis, vemos as diretrizes divinas ao homem,Adão, no tocante à sua relação com as demais formas de vida da Terra. Na situação, o Eterno entrega ao homem, o domínio de tudo ao seu redor, no campo material, para que este governasse soberanamente,devendo sujeição somente ao seu Criador Supremo,Deus.

A AMBIÇÃO HUMANA PELO PODER

Sendo participante da natureza divina, uma vez que recebe o sopro divino dentro de si, o homem, carrega consigo o desejo íntimo de dominar.Deus,na realidade, insuflou no homem características da divindade, a saber: [a] Eternidade (Ec.3.11); [b] Natureza espiritual (Dt.8.3; Mt.4.4) e [c] Incorruptibilidade espiritual (2Co. 4.16),por exemplo. Por outro lado, também criou limitações em nós que nos tornassem sensíveis ao apelo divino em servi-lo,como por exemplo: [a] Morte do corpo (Hb. 9.27); [b] Impossibilidade de justificar-se por si mesmo (Jó 9.2);etc. Então, dotado de características divinas, como o desejo de exercer  governo, domínio, autoridade, o homem tenta, muitas vezes de maneira ilícita, saciar seu desejo de poder.

Embora dotado desta característica da divindade, de exercer governo, não há de se presumir que Deus compactue ou que Ele mesmo colocou este desejo incontrolável dentro do homem, muito pelo contrário, a Bíblia faz diferença entre a ambição natural, gerada pela natureza divina presente em nós, daquilo que é definido como concupiscência,ou seja, o apetite carnal desordenado, este último condenado por Deus (1Jo. 2.16).Sobre isto, as Escrituras nos recomendam que não cedamos a seus desejos (Rm. 13.14).E,ainda, torna-se antagônico o andar com Deus e, ao mesmo tempo, suprir seus desejos carnais. Não se pode presumir que o indivíduo seja fiel a Deus e,ao mesmo tempo, a seus desejos vis e pecaminosos, é algo impossível (Gl. 5.16).

Mas, e quando a sede por uma posição, ou domínio,enfim, não ofende a recomendação Bíblica? Seriam todos os desejos válidos desde que não contrariem o Mandamento? Obviamente, que, como na descrição de concupiscência descrito acima, qualquer desejo ou vontade da nossa carne, que seja descontrolável, independente de qual seja esta vontade ou desejo, que faça parte de nós, devemos combatê-los.Nas palavras de Paulo, tais desejos devem ser crucificados para que o indivíduo seja, de fato, um servo de Cristo (Gl. 5.24).Então, na realidade, ainda que a intenção seja boa e o objetivo não esteja ferindo a recomendação bíblica, se essa for de forma incontrolável, deve ser abandonada e, de forma nenhuma, ter lugar em nosso coração,pois, em outras palavras, não é proveniente do Pai.

LIDERANÇAS ECLESIÁSTICAS E SUAS PRÓPRIAS CONCUPISCÊNCIAS

Como dissemos, os fins não justificam os meios. Há pessoas que imaginam que o simples fato de um desejo não ser pecado, pelo menos não revelado na bíblia, podem nutri-lo e buscar satisfazê-lo de todas as formas. Aliás, a melhor forma de entender o real sentido de concupiscência é este: qualquer desejo que,em sua busca em realizá-lo, distorce nossos limites. Tais desejos incontroláveis, como o  nome já sugere, faz o indivíduo agir de modo irracional, desprezando todo o bom senso e toda a concepção, pessoal ou bíblica, de certo e errado. Infelizmente, levaremos para outro lado, ou melhor, para o outro lado do Púlpito...

A sede pela Presidência, pelo título Ministerial, pela liderança eclesiástica de uma forma geral. É com estas características que muitos líderes tem se apresentado neste últimos dias. Recomendam que suas ovelhas não mantenham e não estejam nutrindo tais desejos incontroláveis, e, no entanto, são os primeiros a recusarem-se a abrir mão do trono.Distante do governo Apostólico,apresentado principalmente em Atos dos Apóstolos, os pastores modernos ditam suas regras, ordenanças e mandamentos, sem a participação efetiva da Igreja, esta,inclusive,que é soberana em suas decisões. Nos dias atuais é fácil perceber líderes que desprezam completamente ouvir a posição da Igreja para as decisões, sejam espirituais, como propósitos, campanhas, como, também, na area administrativa, como acesso a contas, cargos e salários, nas Igrejas que mantém folha de pagamento. Muitos tem sido absolutos e soberanos e os fiéis, que são os mantenedores do Templo, meros coadjuvantes nessa história toda.

Cristo Jesus, como é fácil observar nos Evangelhos, tinha muito bem definida toda sua estrutura de governo,em seu ministério, seja na questão financeira, espiritual ou organizacional de maneira geral. A situação que descrevemos anteriormente tem uma correspondência tremenda  e incrivelmente idêntica com o sistema religioso anterior a Cristo, que tornou-se um dos pontos mais marcantes de todo seu ministério, em sua tentativa de abrir os olhos de todos esses religiosos para o que realmente importava. Cristo tornou-se uma voz implacável contra a utilização comercial daquilo que deveria ser plenamente espiritual,e advertiu-os sobre o apego exacerbado que os mestres da Lei tinha daquilo que o sacerdócio lhes proporcionava, como por exemplo,as honras e privilégios dentro de Israel. Os sacerdotes mantinham, até certo sentido, as mesmas práticas que citamos, eram destacados e tidos como os mais respeitados dentro da cultura judaica, que gostavam de toda a pompa e honra que os títulos lhes proporcionavam (Mt. 23.6,7).

Infelizmente, abrindo mão de todo o sacrifício do Mestre, Cristo, muitos são aqueles atualmente que,uma vez chegando ao ministério apostólico  (i.e. deixado pelos Apóstolos e propagado pelos ministros de hoje), abrem mão de toda a simplicidade que deve existir na vida de um verdadeiro ministro do Evangelho, e logo são envolvidos pela sedução de poder, honras, e alianças humanas que, são destrutivas no ministério de qualquer um,uma vez que obtenha morada.Lastimável,porém, a mais pura realidade.Tamanha é a sedução que as lideranças estão expostas,que a própria Bíblia Sagrada não se cala quanto a isso, vemos advertências, recomendações e até exemplos,casos, que mostram quão fáceis são as oportunidades de um líder ver-se embaraçado em situações como as que descrevemos . Sobre as lideranças,então, cabe-nos a oração e,por parte daqueles que ainda se mantém fiéis ao Evangelho puro e simples, a vigilância para que não sejam envolvidos nesse desejo de poder.

Texto Original de: †Gabriel Queiroz - Blog Verdade Profética

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27/09/2012

Conhecendo o Espírito Santo



A trindade de Deus; ou a natureza tri una de Deus é um tema de extrema dificuldade à nossa compreensão. Tal doutrina tem sido de difícil definição e compreensão há muito tempo para crentes de todas as gerações desde os primórdios da fé. Em Teologia, a doutrina que estuda o  Espírito Santo é conhecida como pneumatologia.

1-QUEM É O ESPÍRITO SANTO?

A Bíblia trata o Espírito Santo como uma pessoa e,dessa forma, atribui-lhe características que o definem como uma pessoa,aniquilando a idéia de que o Santo Espírito seria apenas uma “força ativa” ou uma” influência”.Eis algumas das características que O definem como pessoa: Ele tem mente(Rm.8.27); Tem vontade(1Co.12.11);Tem sentimentos(Ef.4.30);Ele revela(1Co.12.10);Ele ensina(Jo.14.25); intercede (Rm.8.26); fala (1Tm.4.4); dirige (At.16.6,7); etc.

Apesar de ter uma personalidade distinta, isso não faz do Espírito Santo um ser independente ou distante do Pai e do Filho. Nas Palavras de Cristo, na trindade não há separação ou qualquer diferença de poder entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Jo. 5.18.19; 10.30,38). Este princípio de unidade é demonstrado por Cristo no Evangelho de João 14.1-11 onde,no diálogo com Tomé, Jesus deixa bem claro que aquele que vê o Filho, vê o Pai e vê o Espírito de Deus.Nessa passagem, Cristo recomenda que os discípulos acreditassem que vendo a Ele veriam o Pai pelas suas Palavras e, ao menos, pelas obras que Jesus realizava(VV.10-11).

2-A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO:

Como vimos, o Espírito de Deus é uma pessoa, age como pessoa, pois Ele manifesta personalidade. Essa personalidade não poderia ser outra senão a personalidade divina.
Essa personalidade divina é o que faz Dele Deus. A Divindade do Espírito Santo é retratada na Bíblia atribuindo-lhe atributos que somente Deus apresenta, são eles: onipesença (Sl.139.9;1Co.2.10); onipotência (Rm.15.19;Sl.104.30); onisciência(1Co.2.10;Jo.14.26); eternidade (Hb.9.14); santidade(1Jo.2.20);etc.

Tais atributos evidenciam, de forma inquestionável, a divindade do Espírito Santo. Ele é ainda definido como Criador (Jó.26.13;33.4) e, é mencionado juntamente com o Pai e o Filho na invocação da bênção sobre a Igreja (2Co.13.13) e na fórmula doutrinária do batismo nas águas(Mt.28.19).

3-A OBRA DO ESPÍRITO SANTO:

As três pessoas da Divindade-Pai, Filho e Espírito- são co-eternas e iguais entre si, mas, concernente à operação, diferentes.O Pai planejou a criação de tudo(Ef.3.9);o Filho executou o plano criando (Jo.1.3;Cl.1.16;Hb.1.2;11.3);o Espírito Santo vivificou, ordenou, pôs tudo, todo o universo, em ação(Jó.33.4;Jo.6.63;Gl.6.8;Sl.33.6;Tt.3.5).

Vejamos, então, as obras realizadas pelo Espírito Santo à luz das Escrituras Sagradas: Convence (Jo.16.8 );Dá fruto (Gl.5.22-23);Dá ousadia em testificar (At.4.31);Dá vida aos nossos corpos (Rm.8.11); Flui em nosso coração (Jo.7.38-39);Ensina (Jo.14.26);Derrama o amor de Deus em nosso coração (Rm.5.5);Intercede (Rm.8.26,27);Justifica (1Co.6.11); Santifica (2Ts.2.13); Testifica (Jo.15.26);Dá dons espirituais (1Co.12.7-11).

CONCLUSÃO:

Como vimos, O Espírito Santo é uma pessoa e,portanto,é dotado de sentimento, vontade, intelecto etc.É mais que uma pessoa é a manifestação da Divindade na qual sentimos a presença de Deus,na qual temos comunhão com Deus.Em outras palavras,é o nosso único fôlego para que possamos viver a fé em Cristo Jesus de forma plena e verdadeira.É o único que nos impulsiona a uma vida de santidade e obediência,é o nosso Guia,nosso Ajudador.É o nosso tesouro em vasos de barro.Glória a Deus por Seu Espírito em nós!

04/08/2012

Servos de Cristo, porém, livres



"Ali se aninhará a coruja e porá os seus ovos, e tirará os seus filhotes, e os recolherá debaixo da sua sombra; também ali os abutres se ajuntarão uns com os outros." - Isaías 34.15.

 A conotação da palavra servo nas Escrituras Sagradas é o termo escravo.

No Evangelho escrito por Mateus, capítulo 25, encontramos o registro de algumas parábolas contadas por Jesus Cristo em que Ele aborda a questão importante da vigilância constante na caminhada cristã. Um dos ensinamentos do Mestre é a lição dos talentos, quando refere-se ao cristão como servo.

Na parábola, um homem rico sai em viagem de negócios e em atitude de confiança entrega seus bens para três servos administrarem. Para que eles tenham condições de cumprir as tarefas, segundo suas capacidades, ao primeiro o senhor entrega cinco talentos - moeda grega usada naquela época -, ao segundo, dois talentos e ao terceiro, um talento. Na ausência do senhor, o servo que recebera cinco moedas esforçou-se e ganhou outras cinco; o que tinha em mãos duas moedas conquistou outras duas; mas, o que recebeu um talento não quis granjeá-lo e o guardou em lugar secreto. Quando o senhor retornou, fez a prestação de contas com os três servos. Elogiou aqueles que trabalharam e dobraram os valores, oferecendo a eles as benesses que tinha. E ao que apenas devolveu o dinheiro recebido, disse-lhe que deveria ao menos ter levado o dinheiro ao banco, para que rendesse algum juro, considerou-o um servo mau e negligente e o encaminhou às trevas exteriores, local de choro e sofrimento.

É imprescindível considerar a Jesus Cristo como Senhor para ser um autêntico cristão. Veja: Mateus 25.14.30; Lucas 19.12-27. A ordem dEle é pregar o Evangelho para todas as criaturas em todas as nações. Como conhecedores e participantes do plano da salvação, a atitude esperada é a obediência voluntária.

Todos os cristãos são livres e capacidados para usar as aptidões que possuem em favor da expansão do Evangelho em todas as nações. Não existe um só ser humano na face da Terra que não possua aptidões natas, dadas por Deus,  para comunicar-se com seus semelhantes de alguma maneira.  E como servos do Senhor, temos o dever de usar as características natas da nossa personalidade para conscientizar as almas perdidas sobre a real existência além túmulo, dizer que há o céu e o inferno. 

Jesus liberta o ser humano das garras do pecado, e realmente o torna livre (João 8.36). A pessoa que tem um encontro com Cristo é liberta. Em toda situação de liberdade existe a necessidade de lidar com a responsabilidade. A liberdade do cristão implica em praticar a ordem de ir ao mundo pregar o Evangelho aos que ainda estão aprisionados pela força do pecado. A decisão correta do cristão, liberto, é usar a liberdade responsavelmente, enviando a mensagem de libertação ao mundo.

O cristão precisa ter disposição para usar toda a inteligência, perspicácia, suas qualidades mentais e físicas para expressar amor ao próximo dizendo-lhe que todos somos pecadores e que só Jesus salva o pecador arrependido. 

Ninguém escapará do momento da prestação de contas. Anexo à parábola sobre o trio de servos, reflitamos sobre a profecia contida em Isaías 34, emitida aos israelitas. Através dela entendemos claramente que o Senhor não trata nenhum inocente como culpado e não inocenta quem tenha culpa. São duras palavras de juízo, porém, exercício de juízo justo, em que escapam do castigo divino apenas os animais selvagens, porque eles não possuem deveres a cumprir naquela situação. E o pecador verdadeiramente arrependido.

São muitos os cristãos parecidos com o servo que recebeu apenas um talento. Todo cristão precisa levar em conta que o valor recebido para trabalhar é exatamente a quantia que ele tem capacidade para administrar. Então, é preciso pôr mãos à obra.

Faça a sua parte e empenhe-se na missão de evangelização de almas. De uma maneira ou outra, envolva-se em projetos de evangelismos locais e missões cristãs transculturais.

Talvez, não se sinta preparado para ir à luta, então, administre a "moeda" para que renda juro no banco. Entendo que a situação do "banco" seja a questão de financiar missionários e evangelistas em suas atividades ministeriais. Se não encontra em si mesmo a compêtencia de sair em campo, não enterre o talento que está em suas mãos, patrocine financeiramente evangelistas e missionários.

Texto original de Eliseu Antônio Gomes do Blog Belverede 

Publicado originalmente em:http://belverede.blogspot.com.br

15/01/2012

A VERDADEIRA PROSPERIDADE

Em meio a um tempo onde teologias modernas voltadas cada vez mais para as coisas desta terra,temos no primeiro trimestre de 2012,a oportunidade de estudar acerca da verdadeira prosperidade apresentada pelo texto Bíblico.Sob o título :'A verdadeira prosperidade',já são ministradas as aulas.Sendo lecionadas todas as manhãs de domingo nas Assembléias de Deus de todo o Brasil,as lições abordam temas importantes relacionados ao tema.Vale a pena tanto a abordagem como o estudo sistemático da questão,que até algum tempo era evitado por muitos púlpitos.E,é bom lembrar que uma vez que nos calamos diante de um tema tão importante,outras vozes se levantam apregoando uma doutrina equivocada e estranha ao ensino apostólico.

Lecionadas em todas as Assembléias de Deus,a Escola Dominical tem início sempre às 9:00 h da manhã de domingo.

Deus abençoe.

13/11/2011

Jesus e o paralítico de Betesda


Numa de suas caminhadas,Cristo chega a um dos tanques de Jerusalém conhecido como Betesda.Situado junto à Porta das Ovelhas,esse reservatório de água,que significa 'casa de misericórdia divina',era tido ,nos tempos de Cristo,como um lugar de peregrinação,visto por muitos como um local onde suas águas tinham poder sobrenatural de cura.Dada a agitação das águas,aquele que mergulhasse primeiro seria plenamente curado de suas moléstias.O agitar das águas era visto como algo operado por um anjo de Deus que descia a realizar o movimento,conferindo,assim,às águas características de virtude sobrenatural.Em meio este cenário de peregrinação havia toda sorte de enfermos e miseráveis, coxos, paralíticos, cegos,todos esperando ansiosamente o movimento das águas a fim de mergulhar e ser curado.É bom lembrar que não há menção no Texto Sagrado que,de fato,haviam as curas,certo é,porém, que muitos passavam anos aguardando sua vez de mergulhar e subir curado.Esse é o caso de um paralítico que veremos.

Jesus sobe a Jerusalém,ao Norte,chegando ao Tanque de Betesda,local abarrotado de enfermos e um em especial lhe chama atenção.A sensibilidade do Mestre de Nazaré,que é incomparável,se fez presente de uma forma muito especial,onde,vendo aquele paralítico deitado,notou que sua situação necessitava de misericórdia e favor.Jesus,tendo suas características divinas,sabia o tempo que ele estava naquela situação,o qual era muito, e,voltando-se ao homem,fez uma pergunta simples e óbvia,disse:'Queres ficar são?'.Mas que pergunta,é claro que sim! A resposta foi positiva como bem sabemos,mas,o que mais chama a atenção é o complemento da resposta que o homem deu,veja:'...não tenho homem algum que ,quando a água é agitada,me coloque no tanque...' O homem tinha suas forças voltadas totalmente àquele local,tido como sagrado,poderoso. Sua esperança de cura era restrita totalmente àquele processo:desce o anjo,move a água,mergulha um enfermo.Inúmeras vezes ele viu isso acontecer,e o pior,não acontecia com ele pois ele não tinha alguém que o ajudasse,não acontecia porque ele não tinha um intercessor.Vendo Cristo face a face,olhando nos olhos de Bom Mestre,não cogitou a hipótese de receber seu milagre das mão do Messias.

Durante anos,vidas se perderam,deixando de serem vividas pelo simples fato de fincar suas raízes num lugar onde a única garantia que era dada era uma crença sem respaldo lógico ou bíblico.O paralítico que discursou com Jesus Cristo passou 38 anos tendo sua fé voltada para um tanque que,diga-se de passagem,não tinha ligação com o judaísmo.Numa análise do tanque em si mesmo,vemos que os arqueólogos descobriram nas escavações que esse tanque era ligado ao santuário do deus da cura.Não era um ambiente exclusivamente judaico.As águas que corriam pelo tanque saíam desse complexo do santuário desse deus da cura e por isso,acreditava-se que tinha poderes sobrenaturais.Prova disso é que o próprio Mestre não mandou que o homem mergulhasse no tanque,curando-o na borda.

O paralítico pôs sua esperança de cura num ritual místico,o qual arrancou de si os 38 anos que perdera naquela esperança.Cristo volta-se para aquele homem sabendo disso e mostra que a esperança,que a fé quando posta sobre um fundamento de corrupção espiritual cega e torna o homem miserável em sua existência.Prova disto é que quando Cristo pergunta se ele quer a cura,em sua resposta o homem não consegue desassociar o milagre ao tanque,ou seja,a ele a única perspectiva da vida dele no tocante a sua cura,e a consequente retomada de sua vida,era o tanque que tinha poderes sobrenaturais.O tanque,ou a esperança nele,tirou daquele homem até a percepção de com quem conversava,de quem era o que lhe falava.Considerando que aquele homem permanecia naqueles termos,naquele local religiosamente,não seria errado imaginar que a fama de Cristo houvesse chagado ali como aquele que tinha autoridade sobre as enfermidades.Alguns dos que estavam no local certamente largaram o tanque em busca de Cristo e forma curados,certamente,muito embora a bíblia não relate os casos.Analise a seguir aquilo que o homem carregava:
  • Ritualismo-Seguia um rito no qual o centro de todo seu culto estava voltado a este local tido como capaz de curar as enfermidades;
  • Ligação com o misticismo-A possibilidade de ligar-se com o espiritual por meio destes rituais, deixou o paralítico cego para sua própria vida buscando algo sobrenatural de ordem divina;
  • Esperança destrutiva-Baseando sua existência unicamente na possibilidade de alcançar favor divino, abriu mão de sua própria vida a fim de viver a esperança em algo que a única comprovação era sua fé,irracional a qual tornou-o cego para todo o resto de sua vida.
Cristo,veio nos libertar da maldição da lei,veio libertar-nos da escravidão de nós mesmos,viu naquele momento,outra libertação,a libertação dos rituais que para nada prestam,incluindo os rituais que não correspondiam a Lei.Através da cura daquele homem,os que participavam daquele rito,tiveram a possibilidade de entender que não seriam as águas de um templo pagão que trariam cura e uma nova perspectiva de vida a eles,seria,antes,o encontro pessoal com o Cristo que mudaria completamente a vida de todos.Como aquele homem,muitos têm vivido esperando num ritual que mudará suas vidas,num movimento que revolucionará tudo,em algo temporal que,acreditam,mudará suas vidas,mas,como ao paralítico,Cristo não somente estende a pergunta,Cristo garante a cura e o milagre que mudará pra sempre o rumo da história de cada um.O homem,como sabemos,foi curado completamente,a esperança foi mudada,o foco espiritual agora era Cristo,e não mais águas que supostamente trariam transformação.A vida daquele homem foi mudada não somente pelas misericórdias de Jesus,mas, para mostrar que toda aquela esperança estava baseada em algo que não era agradável a Deus,mostrou aos outros que só Cristo é a real fonte de cura e restauração para todos nós.

(BASEADO EM JOÃO 5.1-15)
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12/09/2011

A astúcia destruidora do profeta velho contra um simples Homem de Deus

(Texto editado em 13/Dezembro/2015)

A Astúcia do profeta velho contra um simples Homem de Deus:
(1 Reis 13)
O idólatra rei de Israel,Jeroboão,exercia seu governo com inúmeras e severas restrições da parte de Deus.Podemos citar como exemplo a mais notória,que foi ter o seu governo marcado por uma ruptura na hegemonia política e teocrática do Estado de Israel.Via-se o rei governando apenas para o reino do Norte,Israel,que era o centro político da Nação,todavia,a parte mais importante, que era a espiritual,com o local de culto e devoção dos israelitas não fazia parte do domínio de Jeroboão,o centro do culto dos israelitas era em Judá.Aquele homem,como todos os governantes de Israel contava com seus colaboradores,grupo que incluía sacerdotes,profetas,empresários, levitas e etc. que era a elite israelita,aquela que podia trazer ao rei benefícios importantes e lhe garantir,teoricamente,uma boa gestão.

Como vimos,a situação do Reino do Norte não era das melhores,pois possuía um rei inclinado à idolatria e uma conduta que não agradava ao SENHOR e,ao mesmo tempo,um colégio profético que era bem tendencioso quanto aos interesses de um rei sem espiritualidade agradável.Para o infortúnio desse personagem que não correspondia às reivindicações divinas,aparece em seu caminho,no meio de um sacrifício hipócrita realizado por ele mesmo,um homem nomeado apenas de 'Homem de Deus',ou numa tradução menos tradicional,Profeta.O rei seguia o ritual judaico como muitos nesse tempo,vivendo segundo aquilo que desagrada a Deus,mas,mantendo a forma de culto exterior na qual foram ensinados.Seguem tendo uma conduta corrompida,miserável, contudo,não abrem mão da observância de cultos quando preciso.Jeroboão estava lá realizando mais um sacrifício quando surge este homem desconhecido.A habitação do profeta era em Judá (Reino do Sul),mas,por uma ordem de Deus,seguiu caminho a Betel cumprir um envio divino.

Lá estava o culto todo preparado,um altar de pedras lavradas (ou não?),incenso,e o sacrifício. Tudo parecia correr muito bem naquela festa feita pelo rei,não sendo do calendário judaico,mas, não impediu que ocorresse.Ofertou seu sacrifício e logo aquele profeta,com muita autoridade, trouxe a advertência divina,não para o rei,mas,profetizando contra aquele altar de baal transvestido de santuário de Deus.Proferiu sentenças sobre toda aquela situação de quebra de aliança com Deus,uma vez que eram os bezerros de ouro que estavam recebendo toa a adoração dos filhos de Israel e o sacrifício de Jeroboão.A profecia incluiu uma revelação futura que mencionava o rei que faria as reformas necessárias da parte de Deus,que era Josias(v.2),profecia que se cumpriu cerca de 300 anos depois(2 Rs.23.15-20).Quando percebeu que um da casa de Judá proferia juízos contra sua casa,o rei não pensou duas vezes e mandou que o prendessem(v.4),o que o fazendo e estendendo sua mão,teve seu braço paralisado por levantar-se contra o homem de Deus(v.4.b),as confirmações,porém,não ficaram por aí,o altar onde era feito o sacrifício,caiu por terra,espalhando as cinzas daquele sacrifício a baal(v.5).Fora difícil ao rei ver naquele homem,forasteiro e simples,desconhecido até no nome,ver em seu semblante as características de um verdadeiro profeta,foi somente no momento do juízo que ele viu que Deus era com ele e confirmava sua mensagem.Vendo-se paralisado,não restava mais dúvidas que aquele era um verdadeiro profeta,naquela oportunidade,o rei pediu misericórdia ao profeta e que o mesmo orasse por ele,restituindo-lhe as funções do braço.Orando o profeta,Jeroboão sarou completamente.

Terminado todo aquele momento,foi a vez do rei usar de suas habilidades e convencer o profeta de que,ao menos,comesse com ele e a resposta foi uma declaração forte da autoridade confiada a ele:"Mas o homem de Deus respondeu ao rei: Ainda que me desses metade da tua casa, não iria contigo, nem comeria pão, nem beberia água neste lugar."(v.8).E seguiu o seu caminho.

O ponto,porém,mais interessante de 1 Reis 13 é,sem,dúvidas,o segundo momento desse profeta desconhecido,que é seu encontro com o profeta velho de Betel.É bom notar que o homem de Deus já seguia seu caminho rumo a Judá conforme designou o SENHOR,mas,quando ouve da presença de um profeta em Betel,o profeta velho vai rumo à presença do homem.Sendo já conhecido por muitos,aquele profeta chega ao homem e lhe oferece comida.Ora,o profeta certamente estava faminto após a viagem e os momentos cansativos com o rei,mas,tendo em mente a ordem divina,manteve-se fiel em não se corromper com a comida desta terra.Expôs essa questão ao profeta velho e,usando de engano,o velho diz:"Respondeu-lhe o outro: Eu também sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do Senhor, dizendo: Faze-o voltar contigo a tua casa, para que coma pão e beba água. Mas mentia-lhe."(v.18).Como pode isso? o profeta respeitado mentindo? a troco de que? A resposta,pessoal, é muito simples: fascinado pelo poder e reconhecimento obtidos ao longo de sua carreira como 'vaso de profundidade' usou de engano para ter em sua casa a figura que trouxe medo ao rei e saiu honrado de Israel.

Como o velho profeta disse que 'Deus mandou',o homem não desconfiou e seguiu o velho profeta. Afinal de contas,como duvidar de uma personalidade que há tanto tempo milita na causa de Deus? seria um sacrilégio pensar que alguém que tanto empreendeu,que tanto lutou pelo Mandamento,pelo Evangelho,poderia de alguma forma usar sua voz profética para enganar alguém! Foi justamente o que aconteceu,meu amigo! uma pessoa que foi instrumento de valor na causa divina,agora é uma pessoa que,como raposa velha,prepara e espera um momento oportuno para ver seus desejos concretizados,mesmo que opostos à vontade soberana de Deus.Quem sofreu com isso,foi o simples homem que venceu Jeroboão,desprezou aquilo que Deus ordenara e trouxe para si sentença terrível,veja:"23 E, havendo eles comido e bebido, albardou o jumento para o profeta que fizera voltar.24 Este, pois, se foi, e um leão o encontrou no caminho, e o matou; o seu cadáver ficou estendido no caminho, e o jumento estava parado junto a ele, e também o leão estava junto ao cadáver.".Imagine a ironia que ocorre nisso tudo,num primeiro momento Deus confirma de forma poderosa a mensagem que sai de seus lábios e,por sair da vontade de Deus,é alvo de superior sentença por parte do próprio Deus que o confirmara.Depois disso tudo,o profeta velho foi ver seu trabalho e a palavra que ele libera é algo terrível e motivo de reflexão:"26 Quando o profeta que o fizera voltar do caminho ouviu isto, disse: É o homem de Deus, que foi rebelde à palavra do Senhor; por isso o Senhor o entregou ao leão, que o despedaçou e matou, segundo a palavra que o Senhor lhe dissera."Agora podemos ver que uma pessoa com sensibilidade espiritual,forjada no 'fogo de Jeová',tem,sim,se não assumir uma conduta de homem de Deus,uma conduta destrutiva e que leva até mesmo à morte de verdadeiros Homens de Deus.


08/09/2011

Quando Temos Atitudes de Fé com o SENHOR


As Escrituras revelam que é por meio da fé que somos aceitos por Deus e entramos em Sua presença Santa e gloriosa(Hb.11.6),logo,o que chama a atenção de Deus no momento que o buscamos é a nossa fé,a nossa crença correta Naquele que,de fato Ele é.Não somente para estarmos na presença Dele faz-se necessária a fé,mas,também,para uma vida na qual nos regozijemos e no alegremos,com todos os benefícios que o Altíssimo nos coloca à disposição.Quando analisamos aquilo que a fé produz e é capaz de nos fazer alcançar,vemos que o impossível logo é lançado por terra pelo simples uso da fé apostólica que Cristo nos ensinou e que muitos dos homens de Deus do AT. tiveram,captando a essência da fé,que seria revelada por Cristo posteriormente.
Veja,então,que a fé,quando materializada,é capaz de,nas Palavras de Cristo,mover montanhas e fazer secar figueiras(Mt.21.21-22).Note que não basta ter fé,pois,como sabemos,até mesmo os demônios crêem em Cristo,sabem quem ele é e nem por isso são abençoados,eles tem fé,contudo, não a exercem materializando-a de forma que glorifique a Deus(Tg.2.19).A verdade é que o que fez a figueira secar em Mateus 21,foi a declaração de Cristo amaldiçoando-a,ou seja,ele usou a fé que possuía e,pela fé,declarou que aquela figueira não mais produziria fruto algum.A Palavra associada à fé produziu milagres naquele dia por meio daquele sinal de juízo.Na realidade, em todos os milagres que Jesus realizou são facilmente identificados os elementos que trouxeram à existência o impossível.Analise,por exemplo,Marcos 7.32-37,onde é apresentado a Cristo um surdo-gago,na situação,Jesus operou de forma diferente,mas,quanto ao uso da fé foi a mesma dinâmica.Num dado momento do episódio,Jesus"erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse-lhe: Efatá; isto é Abre-te."(v.34).É certo que o homem poderia simplesmente ter voltado a ouvir perfeitamente simplesmente por chegar ao Mestre,no entanto,em todo momento que os milagres aconteceram fez-se necessário ao menos uma declaração profética a fim de exercer essa fé que já existe.Bom,após Jesus declarar o 'Efatá'-abrete-o homem teve aquela enfermidade expulsa de seu corpo.
O ministério de Cristo foi marcado por milagres,isso todos sabemos,mas,o que pouco observamos é que todos,ou pelo menos a maioria,dos milagres que ele empreendeu em seu ministério envolveu curas de enfermidades.A dúvida de muitos é se Deus tem interesse em operar milagres distintos a esse tema.Será que Deus tem interesse apenas em curar-nos de moléstias e males físicos que nos assolam?Não teria o Altíssimo interesse em conceder-nos conquistas em áreas diferentes da nossa vida?
A resposta,que parece óbvia,num primeiro momento,pode ser respondida à luz de Hebreu 11,que revela aquilo que a fé é capaz de conquistar.Veja,então aquilo que a fé é capaz de alcançar quando exercida de forma correta diante de Deus:
  • ALCANÇAMOS BOM TESTEMUNHO(v.2):O 'bom testemunho' deve ser entendido como conseguir a aprovação de Deus.Então,por meio dela,diante de Deus somos aprovados e recebidos;
  • PELA FÉ O SACRIFÍCIO DE CAIM É SUPERADO(v.4):A diferença contida no sacrifício de Caim e Abel é a fé incondicional que Abel tinha,em outras palavras,Abel sacrificava mais que simplesmente os cordeiros,sacrificava sua vida,estava disposto a ofertar o melhor que possuía.Mesmo com sua morte,seu sacrifício,mesmo morto,foi superior ao de Caim;
  • PELA FÉ A MORTE É DESTRUÍDA(v.5):Como possuía uma fé que agradava grandemente a Deus,Enoque viu Deus quebrar uma lei natural e universal aos homens,como resultado de sua fidelidade que exercia perante Deus;
  • PELA FÉ HÁ LIVRAMENTO(v.7):A sentença de Deus aos contemporâneos de Noé era geral e irrevogável.A conduta irrepreensível que o homem de Deus possuía livrou não somente a ele,mas,também,a sua família.É importante notar que a bíblia não diz se os filhos e noras de Noé eram fiéis a Deus,a única certeza é que a nossa fé produz livramentos naqueles que nos cercam;
  • QUEBRA DE ESTERILIDADE(v.11):Discorrendo sobre Abraão,o pai da fé,o nome de Sara é citado e torna-se exemplo glorioso do agir de Deus pela NOSSA FÉ.O único que tinha fé nas promessas divinas era o próprio Abraão,sua esposa duvidou até das palavras do anjo!(Gn 12.18),foi a fé do patriarca que interferiu na situação de esterilidade de sua esposa.
A conclusão do escritor aos Hebreus faz todo o sentido dizendo que faltaria tempo para falar de todos aqueles que usaram a fé e alcançaram suas vitórias e foram capazes de grandes feitos em seu tempo.É dessa forma que Deus quer que aconteça conosco,de uma maneira que quebre os limites da razão e sejamos capazes de grandes conquistas espirituais e em campos diversos da nossa vida.

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13/08/2011

Necessário vos é Nascer de Novo-Nascer da Água e do Espírito Santo

Certamente um dos encontros mais célebres que Jesus teve em sua caminhada terrena foi,sem dúvidas,a tida com Nicodemos,importante mestre da Lei que,simplesmente, desconhecia as reinvidicações espirituais contidas nas Escrituras.O interessante de quando os fariseus estavam junto do Mestre é que procuravam extrair-lhe alguma porção de sabedoria a fim de se tornar foco da pregação de seus sábados na sinagoga.Jesus em sua demostração de ensinador das coisas espirituais,revelava princípios que os mais entendidos não tinham noção nenhuma.Na palestra que teve com Nicodemos ficou patente a importância que o Mestre dava ao acesso a um Reino Celestial. Desprezando debates inúteis trazia a nós,e a eles,como ser aceito por Deus e ter perfeito acesso a um Reino de glória eterna.Falando de como ser aceito pelo Altíssimo tocou num dos temas que se tornaria o cerne da pregação apostólica e,também,o ponto inicial de toda pregação messiânica,se tratava justamente do 'nascer de novo'.
1-Entendendo o Termo usado pelo Mestre:
Quando Jesus Cristo falou da questão de nascer de novo estava tratando de uma situação conhecida por nós como regeneração,ou seja,uma transformação tal que nos conduz à condição original de Deus para nós,trata-se da mudança ocorrida quando assumimos que Cristo tome nossa vida e a conduza em sua vontade.Cristo falando sobre a regeneração se referia aquilo que,mais tarde,Paulo nos faria conhecer melhor em Efesios 4,a partir do vers.25,nos trazendo as diretrizes básicas para uma vidas cristã bem-sucedida e para glória de Deus.No texto em questão,o apóstolo dos gentios,mostra-nos que ser cristão inclui assumir uma postura diferenciada em meio a uma sociedade corrompida com preceitos e idéias equivocadas.Jesus, falando a Nicodemos,diz que para entrar no Reino faz-se necessário que nos despojemos da velha natureza e sejamos gerados em Deus para sermos aceitos por Ele:
"4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,5 estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),6 e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus"(Ef.2).
Então,o nascer de novo,a que Cristo se referia,era,na realidade,ser gerado em Deus para a prática das obras que Ele nos designou,é receber a natureza divina em nós como demonstração de que nos tornamos participantes da natureza divina(2Pe.1.4).A resposta que Jesus deu a Nicodemos não parece fazer muito sentido quando confrontamos com o comentário do fariseu,veja: "Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele."(v.2).A resposta,como sabemos,:necessário vos é nascer de novo...No entanto,faz todo sentido a resposta de Cristo pois o fariseu pensava que o simples fato de ter visto os milagres e maravilhas,logo pensou que o que tais milagres fazem são homens e mulheres de Deus.Jesus advertiu o religioso da mesma forma que advertiu aos discípulos afirmando que o que evidencia que somos ou não de Deus não são os sinais que nos acompanham,embora sejam necessários,mas,a evidencia que somos de Deus é um carater regenerado(Mt.7.22).Na situação,o Mestre estava mostrando duas coisas distintas:1)Os sinais não são evidencia de conversão e 2)A forma de entrar no Reino vai além de ativismo religioso,com milagres e etc.,sendo permitido o acesso por meio de uma conduta que agrade a Ele.
2-Quebrando o mito de reencarnação:
Acreditando que o julgamento eterno baseado em uma vida(encarnação) apenas é algo injusto e incompatível com o caráter amoroso de Deus,muitos são aqueles que crêem veementemente em idéias com as defendidas pelo espiritismo ensinado por Kardec,baseando-se,primordialmente na falsa doutrina da reencarnação.Pelo discurso que o Mestre teve com Nicodemos vemos que chegou a passar pela cabeça do nobre líder religioso algo que se assemelhou a esta idéia kardecista.Vemos isso notoriamente no vers.4:"porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?".A explicação de Jesus foi simples e direta,dizendo que o nascimento ao qual ele se referia era um nascimento espiritual,por meio do Espírito Santo,daí chamá-lo de água e Espírito.
A idéia do processo reencarnatório como forma de regeneração e aperfeiçoamento não vê base nas Escrituras pois a regeneração e o aperfeiçoamento espiritual são concessões de Deus,conquistadas por Cristo na cruz do Calvário.Ser regenerado não é fruto de uma série de atitudes pessoais que assumimos e seguimos,mas,o resultado daquilo que Cristo fez na cruz e deu continuidade por meio de Seu Espírito(Tt.3.5).Ainda quebrando esse mito da reencarnação,o Mestre nos mostra que,ainda que a reencarnação existisse-o que não é o caso-ela seria ineficaz na tentativa de formar no homem natural a natureza espiritual que Deus assim deseja em nós,Ele firma que:"6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito".Ou seja,a manifestação de uma espiritualidade genuina não teria na reencarnação um processo satisfatório para sua atuação.
3-Como Nascer da Água e do Espírito?
Jesus mostra a Nicodemos um caminho que aquele homem,tido como entendido,simplesmente desconhecia.Naquele dia um entendimento espiritual que Nicodemos desconhecia o envolveu de forma poderosa revelando coisas ocultas que a sabedoria humana,conferida pelo seu conhecimento natural não o trouxeram.Talvez a explicação e os conceitos trazidos por Jesus não foram entendidos pelo conceituado judeu,na realidade,poucos são os que conseguem extrair a essência daquilo que Jesus,de fato,estava falando.A nós realmente é difícil compreender a grandeza daquilo que Cristo nos falou.
Quando ministrou acerca do tema do novo nascimento,Jesus,fez diferença daquilo que é espiritual e daquilo que é fruto carnal,da nossa natureza corrupta e vil,nessa distinção ele mostrou que para ser aceito no Reino de Deus nos é necessário ser participante da natureza divina que,como vimos,é algo gerado pelo Espírito Santo.Falando sobre a atuação do Espírito, comparou-o ao vento que'sopra onde quer',trazendo a idéia que o Espírito Santo nos conduz por em nossa vida, que tem como objetivo agradar a Deus no cumprimento de sua vontade(v.8).Então,o papel do Espírito é colocado por Jesus como primordial na vida daquele que almeja ver o Reino de Deus,pois é o Espírito Santo que nos conduz ate a volta de Cristo:
"16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre.
17 a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós."(João 14)
O caminho para ser aceito por Deus nesse Reino espiritual é dito por Jesus usando a experiência dos israelitas no deserto,com Moisés,na situação da serpente levantada pelo líder israelita.O contexto que se deu a construção da serpente e seu uso pelos filhos de Israel foi muito interessante pois todos que haviam sido mordidos pelas serpentes do deserto,olhando para a serpente de bronze,eram curados completamente.
"8 Então disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente de bronze, e põe-na sobre uma haste; e será que todo mordido que olhar para ela viverá.
9 Fez, pois, Moisés uma serpente de bronze, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, tendo uma serpente mordido a alguém, quando esse olhava para a serpente de bronze, vivia."(Números 21)
Da mesma forma nós,estamos manchados pelo pecado,'mordidos' por satanás e seus demonios e Jesus Cristo,que está no nosso deserto,se ergue como o salvador eterno e vivificador daqueles que olham para Ele exaltado em Santidade(v.14-15).Olhando para Ele,somos ressuscitados tal como os israelitas no deserto,somos recebidos nesse reino glorioso,ressuscitamos para Ele e pelo Espírito vivemos em Sua presença.

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02/08/2011

A Atitude de Fé




1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.(Hebreus 11).
É lastimável que no meio evangélico hajam pessoas capazes de toda sorte de atrocidade, visando o dinheiro,e se escorando em respaldo nada ortodoxos caracterizando atitudes tolas como ato de fé.Obviamente que as atitudes de fé devem fazer parte da vida daquele que crê,mas,devemos nos lembrar que a atitude de fé é,acima de tudo, algo expontaneo,ou seja,não é algo dado como direção de alguém,é uma demonstração exterior que evidencia a nossa fé e,é uma atitude que ofertamos segundo aquilo que dispomos em nossas mãos e em nossa vida.Entendemos essa questão da atitude de fé como algo expontaneo como na situação da 'mulher pecadora' relatada por Lucas, que deitou aos pés de Jesus o bálsamo que dispunha e,sem nenhuma dor na consciência, manifestou sua fé ofertando aquilo que era o seu melhor (Lc.7.37-38).Isso é atitude de fé,não é algo orquestrado,é uma atitude onde o intuito magno é adorar a Deus materializando a fé.
Neste tema de tentar definir fé,muitos se perdem levando ao povo um conceito equivocado daquilo que realmente é o sacrifício agradável a Deus.O grande e real sacrifício a Deus é quando nos despojamos daquilo que não agrada ao SENHOR e nos posicionamos humildemente como servos fiéis numa atitude de total devoção e submissão à sua vontade,este foi o entendimento espiritual que Davi recebeu assim que se sentiu justificado por Deus(Sl.51.16-17).Muitos,no entanto,tem tido uma fé sincera e submissa e não tem alcançado aquilo que tem buscado e,logo, começam a nutrir dentro de si frustração tal que põe em questionamento sua própria fé em Deus,imaginando que não tem agradado ao SENHOR plenamente,sentem que algo tem faltado em sua caminhada com o Espírito Santo.Como o Deus de Gideão pode não nos conceder suas bênçãos em meio a uma fé revoltada?Pessoal,pelo amor de Deus!Lembremo-nos que a bênção de Deus não é conquistada por algo que eu ou você façamos,mas,a bênção de Deus é fruto,não de nossos méritos,por melhores que sejam,porém é fruto do sacrifício de Jesus na cruz.O simples fato de estarmos inseridos no plano de salvação,fazendo parte do Corpo de Jesus,já nos garante uma herança concedida por Deus(Rm.8.17;Gl.3.29).Note que a bênção não depende daquilo que eu faça,mas,é fruto daquilo que foi conquistado na cruz,é fruto da graça de Deus!
Incontáveis são,sem dúvida alguma,as bênçãos de Deus,no entanto,há aquelas que nunca iremos desfrutar na nossa vida...Não pense que sou cético,mas,temos que analisar de modo muito cuidadoso essa questão pois nem tudo que nós desejamos o SENHOR nos concederá,ainda que o propósito seja o melhor do mundo,ainda que a intenção seja linda e maravilhosa.Prova disso que estou afirmando é o próprio exemplo de Davi,que com a intenção muito boa de construir o Templo,não viu seu plano consumado por uma intervenção do próprio Deus, mostrando que ainda que os projetos sejam bons e válidos,nem tudo Deus nos permite conquistar.A justificativa talvez não seja muito convincente a nós haja vista que àquela altura o rei de Israel já estava limpo e purificado por Deus,mas,mesmo assim,não teve permissão para ser o edificador de uma Casa ao Deus de Israel(1Cr.17).Naquela situação até o profeta Natã libera uma palavra que,a princípio,era agradável pois mostrava que a idéia era realmente boa(v.2).Assim acontece com muitos de nós,ou com todos nós,melhor dizendo,pois Deus nos concede toda sorte de bênçãos,mas,há,ainda,uma 'árvore do conhecimento' que não podemos tocar,que não iremos desfrutar,a menos que optemos por sair da vontade de Deus para nossa vida.
Obviamente que não estamos incentivando ninguém a ter uma fé no pensamento,viver de teoria, pelo contrario,por meio do entendimento correto,devemos exercer a nossa fé através de uma atitude de sujeição ao mandado divino,ou seja,a verdadeira fé,a fé viva,é aquela que nos move a ter uma entrega total aos desígnios de Deus simplesmente com o intuito de adorá-lo,pois,para Deus a fé que é aceita é aquela que se baseia na crença da justiça incontestável de Deus(Rm.4.5).
Sem dúvidas,a parte mais intrigante das dádivas adquiridas por meio da fé,é aquela que mostra que Cristo,quando concedeu milagres e os associou à fé,não os estava associando a algo inacreditável que alguém tenha realizado.Unicamente a fé era o que chamava a atenção do Mestre de Israel.No caso da mulher que tocou em Cristo,na orla do manto,e foi curada,Jesus não disse que foi o tocar no manto,mas,a fé que,obviamente,foi manifesta,que a curou e salvou(Mt.9.22),o chefe da sinagoga adquiriu a cura da filha somente pela fé,a fé bastou e pronto! Jesus lhe disse:"...crê somente"(Lc.8.50-55),glória a Deus!se aqueles que não eram da fé adquiriam dádivas tão gloriosas,quanto mais nós,que já nos curvamos ao Evangelho!Não precisamos praticar obras mortas pra chamar a atenção de Cristo,a nossa fé chama à existência os milagres que precisamos(Hb.9.13-14).Lembremos que,com a salvação,bênção decorrentes dela se manifestam em nós(Hb.6.9).
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08/07/2011

O Evangelho da Regeneração



Todos cremos no poder que é liberado por meio do Evangelho de Jesus a nós quando nos comprometemos realmente com a vocação que nos foi concedida pelo Mestre. Através desta parte do Livro de Atos estaremos abordando temas de extrema relevância no agir do Evangelho de Cristo com o fim de regenerar-nos.

Texto Bíblico: Atos 9.1-18

1-A Função do Evangelho:

Nas Palavras do próprio Mestre, aquilo que Ele anunciava pelas ruas de Jerusalém e arredores eram muito mais que meramente um manual de conduta ou coisa do gênero. Jesus trazia,por meio de suas palavras,toda a vida que emana do trono de Deus(Jo.6.63).O salmista,quando na contemplação,se apercebe dos benefícios que a Palavra lhe trouxe,declara que,por meio dela,alcançou vida(Sl.119.93).Esse poder capaz de transformar o homem somente se dá por meio do Evangelho pois é nele que Deus se revela a nós como sendo aquele que justifica e vivifica o homem(Rm.1.17).O mesmo não ocorria com a Lei justamente porque esta era incapaz de trazer regeneração a quem quer que seja,pois a operação e abrangência da Lei era limitada em seus efeitos,ela apenas apontava para propósitos espirituais maiores,que seriam revelados em Jesus,por meio do Evangelho(Gl.3.24).Em se tratando de regeneração,a única fonte capaz de produzi-la é o Evangelho de Jesus.

A mensagem central que norteava toda a pregação da Nova Aliança era apenas uma: arrependei-vos e crede no Evangelho. Essa mensagem era defendida por João Batista (Mt.3.2),por Cristo(Mc.1.15) e pelos Apóstolos(At.3.19).A mensagem era tão simples e,ao mesmo tempo,carregava consigo operações espirituais extraordinárias na vida daquele que cria e seguia aquilo que era ministrado pelos servos de Deus que mantinham firmes as palavras do Mestre,o santo Evangelho.No decorrer de Atos vemos uma das operações do Evangelho,que é a capacidade de salvar aquele que crê(Rm.1.16).Outro ponto é a retribuição da mensagem evangélica por meio de sinais,prodígios e maravilhas,ou seja,uma vez que a mensagem do verdadeiro Evangelho é proclamada,os sinais são iminentes(Fp.1.17;1Ts.1.5).

Impossível falar no poder regenerador da Palavra sem citarmos personagens-chave no processo de transformação pela mensagem de Jesus. Como o texto bíblico sugere,prosseguiremos estudando sobre Paulo,o Apóstolo.

2-Alvo da Graça e Misericórdia:

Ao final de cada carta, o apóstolo Paulo sempre libera ao povo de Deus uma porção da graça (1Co. 13.13), não era por acaso que isso acontecia, pois ele era conhecedor de que é por meio da graça de Deus, em Cristo, que somos aceitos e alcançamos bênçãos espirituais. Pulo sabia perfeitamente que tudo que ele era e realizava era fruto da graça de Deus nele e não o resultado de suas habilidades e conheci mento humanos(que não eram poucas).O Apostolo mais reverenciado no meio religioso entendia que o favor de Deus operou nele e por meio dele de forma singular(1Co.15.10) porque sendo,outrora,um terrível pecador era necessário que a graça,que esse favor,fosse superior a todo pecado no qual ele estava amarrado(Rm.5.20).

Saulo de Tarso era um dos grandes opositores da fé evangélica nos tempos dos apóstolos. Não o afetava matar os crentes unicamente por conta de sua fé em Cristo, bem como usar de mais crueldades em perseguições e repressões em nome da crença judaica que tinha,o farisaísmo.Enquanto ia a caminho de Damasco,com o intuito de prender os cristãos e levá-los a Jerusalém.Naquele percurso,uma manifestação espiritual do próprio Cristo lhe sobreveio,carregado de temor caiu em terra e reconheceu a magnitude daquilo que seus olhos viam e seu espírito sentia pela presença daquele Galileu que inflamou a Jerusalém de Herodes.Sua conversão foi totalmente distinta daquelas que a precederam pois se fazia necessário que o próprio Jesus se fizesse conhecer a ele,haja vista pensar que tudo que realizava estava de acordo com aquilo que o Deus de Abraão,Isaque e Jacó desejava.

Aquele encontro foi o pontapé inicial da conversão de Saulo, foi ali que ele conheceu a quem ele estava perseguindo (9.4), ali ele tomou conhecimento da verdadeira vontade de Deus. Provando de forma muito especial da graça do SENHOR,Saulo perdeu sua visão carnal e passou a depender da visão espiritual que Deus implantaria posteriormente nele.O chamado de Saulo não era apenas algo superficial,mas,o seu ministério já estava traçado no momento de sua conversão (9.15).Os três dias de jejum e cegueira culminaram da aceitação por Deus,regeneração e batismo no Espírito Santo(9.18).

3-Os Resultados do Evangelho da Regeneração:

Já nos primeiros capítulos de Atos, vimos que o poder do Evangelho era tamanho que conversões em massa ocorriam unicamente pela proclamação da mensagem evangélica. Em Atos 2,por exemplo,vemos a regeneração se consumando quando,por meio da pregação,inúmeras pessoas se batizam em confissão pública de fé e compromisso de seguir as pisadas de Jesus(v.41).O poder da regeneração não deve ser entendido como algo limitado pois é por meio deste agir especial do Espírito que somos lavados e purificados(Tt.3.5),ou seja,é ser gerado espiritualmente pelo próprio Deus(Ef.4.24).Vejamos aquilo que o poder do Evangelho produz:

· Vida sem condenação (Cl. 2.13-15): Como no exemplo de Paulo, tudo aquilo que era algo que o impediria de se tornar alvo da graça de Deus, caiu por terra dando lugar aquilo que Deus tinha como propósito na vida dele mesmo;

· Mente liberta e renovada (Rm. 12.2): Uma parte muito importante da regeneração de Paulo, que deve também fazer parte da nossa é, sem duvida, a mudança no entendimento dele e de sua forma de pensar diante dos problemas e diante de situações diversas;

· Libertação do pecado (Rm. 6.14): A mensagem de libertação trazida pela Palavra abrange a sujeição exclusiva a Deus, desprezando todo vínculo com erros e pecados;

· Liberdade total e completa (2Co. 3.17; Gl. 5.1,13): O poder liberado pelo Evangelho quebra todo tipo de opressão e jugo,assim como aconteceu com Saulo no momento que uma palavra fora liberada sobre ele,onde todas as escamas caíram por terra (At.9.18).

4-Perseguição como Resultado da Fidelidade:

A forma de sermos recebidos e aceitos por Deus em nossa vida é quando ,na adversidade,em meio às dificuldades,damos por Ele graças e não negamos seu nome,nisto consiste a garantia de nosso galardão(Mt.5.10-12).O caminho de Cristo é marcado por situações das mais diversas para que não prossigamos na fé,é um caminho extremamente estreito(Mt.7.14),ou seja,quando assumimos compromisso com a causa de Cristo a adversidade é certa(2Tm.3.12).Paulo,assim que se converteu recebeu o chamado de ser testemunha da ressurreição no ministério apostólico junto aos doze.Seu chamado foi confirmado não somente pelos sinais,mas,também,pela perseguição que seguiu a Paulo,o apostolo.

O inicio do ministério paulino foi marcado por uma conspiração a fim de mata-lo por conta de sua conversão ao Evangelho e,também,pela propagação do evangelho de forma veemente desta verdade espiritual que agora fazia parte dele(9.23).O socorro de Paulo se deu por parte dos apóstolos,mesmo que duvidassem da veracidade de sua conversão(9.25-26).

O ponto mais interessante acerca da perseguição aos que são da fé é que ela opera de maneira inversa em nós,pois,ao invés de nos desanimar na caminhada crista,nos reveste de ousadia tal que não nos permite olhar para elas.Era dessa forma que Paulo estava,apos a perseguição não foi um sentimento de derrota que o tomou,mas,a certeza de que a manifestação do Espírito o acompanharia ,assim como as perseguições o acompanharam(9.29),o que ,posteriormente,ele mesmo testificaria dos benefícios de ser testemunha de Cristo em qualquer situação(2Tm.2.11-12).

5-Conclusão:

Tudo aquilo que ocorreu com Paulo foi fruto da mensagem redentora do Evangelho e de seu poder regenerador na vida daquele que crê.

19/06/2011

A Expansão Missionária paulina

Inegavelmente o Apostolo dos gentios desempenhou um papel fundamental na expansão missionária da Igreja de Jesus até os confins da terra, cumprindo as Palavras do Mestre: ’sereis minhas testemunhas até os confins da terra’.
Texto Bíblico: Atos 13 a 21.16.
Como já dissemos,tão logo Paulo se converteu,recebeu a revelação de um chamado apostólico na esfera do espiritual de Deus, numa profundidade e alcance que outros apóstolos talvez não tenham vivenciado em seus ministérios.

1-O Chamado Apostólico:

Após se converter, Paulo passa um período de reclusão, em profunda comunhão e conhecimento de Deus na Arábia, por período de três anos (Gl. 1.17). Deste período não há maiores esclarecimentos acerca de como ele se deu,mas,sabemos que era uma preparação espiritual para o desenrolar do intento de Deus que se daria na vida dele.Já iniciado esse novo período,o apostolo dos gentios volta para Damasco e começa sua interação com os demais apóstolos e com a Igreja.Como o chamado de Paulo não consentia em ser uma peça social no quadro de membros da Igreja,a Pessoa do Espírito Santo,que é o direcionador das estratégias e da caminhada do Corpo de Jesus na terra(Jo.3.8),elegeu a Paulo confiando-o o Evangelho da incircuncisão,tendo como auxiliar a Barnabé(13.2).

2-A Primeira Viagem (13.4 a 14.28):

Antioquia da Síria, que era capital de governadores gregos e romanos, possuía um dos mais importantes santuários da época, o de Apolo, era uma importante cidade, da qual Paulo partiu para todas as suas três viagens missionárias. Saindo de Antioquia Paulo e Barnabé partiram para: Seleucia (13.4),Salamina (13.5),Pafos (13.6),Perge da Panfilia (13.13) e Antioquia da Pisidia.Saindo da cidade de Atioquia,Paulo partiu juntamente com Barnabé para o porto marítimo de Seleucia,partindo para Salamina,em Chipre,onde tinham como cooperador a João Marcos,ali pregavam normalmente o Evangelho de Cristo nas sinagogas dos judeus(v.5).
Atravessando a ilha de Chipre, os missionários partiram para o extremo daquele lugar, ali sua fé e a confirmação do envio divino sobre aqueles homens estava por si cumprir. Pafos era a capital da província de Chipre,portanto uma cidade chave na propagação da mensagem cristã,chegando nela o interesse de Sérgio Paulo,o governador,de ouvir a ministração da Palavra logo se acendeu,trazendo consigo a resistência do encantador Elimas(ou Barjesus),amigo de Paulo Sérgio e alguém de estima naquela cidade.O governador tinha um interesse genuíno de ouvir as Palavras da vida eterna e,seu ‘amigo’ Elimas,tentava de todas as formas apartá-lo da fé,seja por meio de seus encantamentos ou por palavras(13.8b). No cumprimento do chamado apostólico é impossível ao obreiro entrar no campo sem a devida cobertura espiritual e seus devidos armamentos, é o que vemos no próprio pedido do apostolo posteriormente quando, em Corinto, pede a intercessão da Igreja (2Ts. 3.1).
Esse revestimento, que visa confirmar a pregação, por meio de sinais, prodígios e maravilhas, logo se manifestou a favor da obra trazendo juízo àqueles que se opunham a justiça de Deus que estava sendo conhecida pelo governador. Elimas trouxe para si a ira e a condenação de Deus pela resistência à propagação do Evangelho algo que era garantido por Cristo aos apóstolos que toda resistência seria quebrada por causa da unção derramada sobre nós pelo Espírito Santo(Lc.21.14-15),a unção do Espírito permite quebrar todo e qualquer jugo(Is.10.27),foi exatamente o que ocorreu com Estevão,seus opositores não lhe podiam resistir(6.10).O resultado,no caso de Sérgio Paulo,foi a confirmação da inegável manifestação do braço do SENHOR a ele,e ele creu,obviamente(v.12).

2.1-O Discurso na Sinagoga: ’O Deus deste Povo de Israel escolheu nossos Pais’

Cumprido o propósito de Deus em salvar o governador e anunciar o tempo aceitável do Senhor em Chipre, tiveram uma passagem rápida em Perge e partiram para Antioquia da Pisídia desta vez sem o auxílio de João Marcos, que volta a Jerusalém. Seguindo o teor básico de pregação,ensinado por Cristo,de ensino,poder e pregação(Mt.9.25),a ida da primeira viagem missionária empreendida oficialmente pela Igreja não poderia negligenciar a pregação expositiva da Palavra de Jesus por meio dos apóstolos Paulo e Barnabé.Antioquia da Pisídia tinha outro significado nesta viagem pois possuía,ao contrario de outras visitadas,uma colônia de judeus que,inclusive, dispunham de uma sinagoga para sua religião.A ida à sinagoga pelos apóstolos ocorreu,normalmente no sábado,onde os demais judeus,prosélitos e lideres da religião neste local certamente estavam(13.14-15).
A liturgia da sinagoga ocorreu normalmente com a leitura da lei e dos Profetas e, na ocasião do salmo, fora dada a oportunidade a quem, porventura tivesse alguma Palavra de consolação. O culto israelita ocorreria normalmente,mas,dada a oportunidade Paulo se levanta e procura voltar toda a atenção dos congregados para si e suas palavras. Proclamando um discurso simples aos judeus, o apostolo prega poderosamente, acompanhemos o que Paulo pregou naquele sábado na sinagoga de Antioquia:
  • Deus elegeu e Livrou (v.17): Todos ou pelo menos a maioria dos discursos direcionados aos judeus trazia à memória deles o período de opressão no Egito e o glorioso livramento realizado por Deus num tempo que Israel nem era reconhecida como nação, mesmo ali Deus apostou no povo que havia elegido como luz para as nações
  • Deus suportou (v.18-22): A desobediência a Deus sempre marcou Israel bem como sua facilidade de seguir a outros pensamentos e religiões, como resposta a isso, Deus sempre suportou em amor, continuamente enviando uma voz profética a fim de redimir seu povo;
  • Deus prometeu (v.23-25): Diante de toda a insubmissão de Israel àqueles que traziam a mensagem do arrependimento, Deus promete um libertador capaz de não somente encobrir os erros outrora cometidos, mas, também, purificar de toda iniqüidade;
  • Deus consumou (v.26-32): Todas as profecias anunciavam e apontavam para um messias que restauraria a glória do Trono de Davi, que havia sido quebrada, em Cristo, todo o propósito divino de redenção é consumado;
  • Deus confirmou (v.27-37): As alianças estabelecidas por Deus antes de Cristo convergem perfeitamente para ele e se encaixam perfeitamente naquilo que está escrito, a Palavra do próprio Deus é o que confirma a pessoa de Jesus como sendo o próprio redentor prometido;
  • Deus adverte (v.38-41): Conhecendo a nossa incapacidade de assimilar as coisas de Deus, o SENHOR nos adverte a fim de que não deixemos de vislumbrar as obras de Dele.
A pregação, para aqueles que realmente estavam ligados ao Trono de Deus, foi um total deleite, ao ponto de clamarem aos homens de Deus que se fizessem presentes na sinagoga para outro momento como aquele de exposição da Palavra. Como em todas as pregações,a perseguição veio logo em seguida.

2.2-O Resultado: ’Eis que nos voltamos para os gentios’:

O trabalho desempenhado no campo missionário é totalmente diferenciado, pois a oposição que se levanta contra o mover apostólico é totalmente imprevisível e bastante característico. Cada lugar que é alcançado tem seus próprios apelos e resistências e o que motiva a cada grupo é bem diferente.A oposição que surgiu em Antioquia não seguiu o modelo daquilo que incomodava os judeus de Jerusalém,o zelo pela Lei,muito pelo contrario,foi justamente uma Palavra atrativa,que trazia as multidões para ouvir,que os judeus não possuíam que mais incomodou os religiosos locais.
Uma semana se passou até que Paulo voltou a pregar, era o que todos daquela cidade esperavam com muita sede. Quando falamos que a mensagem do Evangelho é atrativa,é gostosa,não estamos,de modo nenhum,aniquilando a porta estreita,as perseguições,a cruz,etc. apenas estamos evidenciando aquilo que a própria definição daquilo que é evangelho nos propõe,que é uma boa noticia.Fica fácil de entender quando,em Mateus 11.5,diz que aos pobres é anunciado o evangelho.Ora,sendo pobre,não há esperança muitas vezes que Deus esta atento às necessidades,ninguém atende,é como se estivesse morto para todos os outros e o evangelho,ou seja,a boa noticia,era anunciado com o propósito de animar aqueles que se encontravam nesta situação.Era essa Palavra de animo e esperança que os judeus não dispunham,era tão somente a Lei,que tentava operar,sem eficácia,como agente regenerador de caráter e nada mais.
Ver seu curral eclesiástico migrar e afluir alegremente para um grupo que não fazia parte daquele que dominava a área incomodou os líderes de tal modo que o agente motivador foi a inveja por tudo aquilo que eles queriam receber, não do povo, mas, de confirmação do chamado e demonstração de poder espiritual, que era o que estava ocorrendo por meio de Paulo e Barnabé. Tamanha era a resistência que,em meio a pregação,contradiziam a tudo que era proferido pelo apostolo,tentando,a todo modo, desmerecer aquilo que era pregado às multidões de Antioquia e arredores.
A multidão que se formou não era apenas de judeus e prosélitos, mas, constava também de gentios que entenderam que faziam parte do grupo de salvação que Deus tinha por propósito alcançar. Muitos dos judeus presentes resistiram abundantemente aos missionários,ao ponto de os expulsarem da cidade.Por sua rejeição uma palavra de benção pôde ainda ser liberada aos gentios que valorizaram a mensagem,que assegurava o acesso a Deus por meio de um caminho que somente os judeus poderiam trilhar,mas que agora não estava restrito a este grupo.

2.3-Perseguição, Idolatria e Apedrejamento:

Na reta final da primeira viagem de Paulo eles saem fugidos de Antioquia e chegam a Icônio e foram, logo que pregaram na sinagoga, perseguidos e atribulados pelos judeus que usaram os gentios a fim de não dar credito a mensagem apostólica. Tamanha foi a perseguição que logo seguiram para Listra pois queriam o apedrejamento dos apóstolos.O que vemos de diferente no evangelismo em Listra é uma situação diferente daquilo que ocorreu em outros locais,pois os opositores da obra seguiram os sinais do mover de Deus e na cidade de Listra buscam consumar seu plano,paralelo a isso,vemos os frutos se manifestando numa esfera até então desconhecida.Trata-se da fé que um coxo possuía para ser curado.Algo que somente é visto em Jerusalém pelos apóstolos e visto antes com Jesus.Fora dos limites de Jerusalém é a primeira menção de alguém que, mesmo, aparentemente, desconhecendo a mensagem cristã, crê para cura.
A prova de que Deus provê manifestações do poder dele mesmo quando não possuímos os dons são reais quando estamos realizando a obra de Deus, quando estamos no campo. Mesmo não possuindo dons de cura,Paulo realiza o milagre pois havia nele revestimento capaz de entender que havia naquele homem uma fé diferenciada que o possibilitava ser curado e libera essa cura milagrosa.O problema viria quando uns religiosos buscariam transformar os dois em deuses vindos dos céus(14.11-13).Estrategicamente os dois pregam e apontam suas próprias fraqueza e sua impossibilidade de serem tratados como dignos de honrarias deste tipo,dizendo que mesmo seguindo suas próprias vaidades Deus não desamparou-os à própria sorte(14.16,17).Estando em Listra os judeus de Antioquia e Icônio incitaram as multidões com propósito de apedrejar aos que estavam anunciando a salvação.
Paulo é apedrejado e arrastado para fora da cidade e pensam que está morto. Os discípulos que estavam seguindo a Paulo e Barnabé neste propósito rodearam o corpo do apostolo e ele voltou a si,indo para a cidade de Derbe(14.20).Concluído o plano de evangelização eles voltaram estabelecendo presbíteros para o cuidado das Igrejas plantadas(v.23).

2.4-Exercendo o Cuidado Pastoral:

A primeira viagem de missões de Paulo e Barnabé evidenciou claramente que,quando a Igreja se reporta ao Calvário e refaz o caminho até o Cenáculo,com Pentecoste, ela cumpre cabalmente sua missão apostólica e profética em meio esse mundo de dores e horrores que jaz no maligno. É a prova daquilo que o próprio Cristo falou que estando nele damos frutos gloriosos(Jo.15.5).Os cuidados pastorais não foram negligenciados pelos missionários vindos de Jerusalém,logo na volta de sua viagem estabeleceram presbíteros,ou anciãos,que exerceriam o ministério pastoral cuidando dos novos crentes.
No intervalo entre atos 14, que narra o fim da primeira viagem e atos 15, que trata do concílio de Jerusalém, Paulo escreve a epístola aos Gálatas, destinada à nova Igreja em Antioquia, Listra, Derbe e Iconio, tais Igrejas eram conhecidas como as Igrejas da Galácia (Gl. 1.2). Paulo não descuidou da assistência às Igrejas que fundou e visitou precisamente porque era parte integrante do ministério apostólico contemplar todas as demais áreas de atuação do Corpo de Cristo.A incumbência de ser testemunha da ressurreição englobava demonstrar tudo aquilo que,junto de nós,Cristo realizou.

01/06/2011

Sinais e Maravilhas na Igreja


Sem dúvidas, chegamos ao ponto central do Livro de Atos, que é justamente o mover espiritual que ocorre quando o povo Apostólico vive uma vida na plenitude do Espírito. A atuação do Espírito confirmando a pregação da Igreja proporcionou todas as maravilhas que estudaremos nesta rica oportunidade.

Texto Bíblico: Atos 3.1-11.

Diante do texto bíblico, percebemos uma passagem muito conhecida de todos nós, que é a narrativa do primeiro milagre operado pelas mãos dos Apóstolos no Templo. Aquele coxo havia nascido daquela forma e continuamente era levado àquela porta, chamada Formosa, para ali pedir esmolas e prover seu sustento. Naquele dia,porem,foi completamente curado daquilo que o afligia.


1-Sinais e Maravilhas, a Ação Sobrenatural da Igreja:

O termo milagre remete a uma intervenção sobrenatural sobre algo que estava determinado, é um fenômeno que quebra uma lei. Essa quebra nas leis naturais somente pode ser feita por Deus(Mc.10.27).O objetivo do milagre é duplo:glorificar a Deus e expandir o Reino.O milagre glorifica a Deus pois mostra que Ele é o único capaz de realizá-lo(Mc.2.12),com isso,o povo percebe que há um agir sobrenatural operando no meio deles(Lc.5.26).O milagre, quando realizado, é a prova que confirma a grandeza de Deus sobre os homens (Ex.7.9).

Com o milagre de Deus, que é um sinal, uma confirmação da nossa fé, a conseqüência é o crescimento do Reino, a expansão do Reino onde ocorreu o fato (At.4.4). Quando acontece o milagre,a pregação Apostólica torna-se baseada naquela confirmação ocorrida.Logo após a cura daquele coxo,a pregação apostólica tomou um rumo de forma a apontar para as promessas que ocasionaram os milagres em Atos.Sendo a glória de Deus o objetivo primário do milagre,e não a promoção pessoal,ou um show, Cristo,que sempre glorificava o Pai após cada realização,não cedeu ao apelo de Herodes por seus feitos milagrosos(Lc.23.8-9).

2-A importância dos Milagres na Igreja Primitiva:

Em seu período com os discípulos, Cristo mostrou que é parte indispensável quando a Palavra é proclamada. A liturgia seguida por Cristo em suas pregações era muito bem definida:ensinar,pregar e curar(Mt.4.23;9.35).O ministério de Jesus envolvia o ensino,a pregação e o poder espiritual,os milagres.Os milagres muitas vezes anunciam consigo algo muito maior do que aquilo que ocorreu.

Quando Cristo exercia seu ministério eram comuns as curas, os sinais, os prodígios acontecerem. Isso se dava pelo caráter profético contido no milagre,eles anunciavam a vinda do Reino dos Céus aos homens(Lc.11.20;10.9),ou seja,o milagre carrega consigo o caráter profético da mensagem do Evangelho,da mesma forma que o profeta anunciou que os milagres anunciariam um tempo onde o Reino de Deus estaria acessível a todos os homens(Is.61.1-3),o ano aceitável do SENHOR.Quando falamos em milagres efetuados pela Igreja Apostólica,devemos nos lembrar da continuidade na missão de propagar o Evangelho de Cristo.O milagre é muito importante justamente porque anuncia a chegada daquilo que é perfeito,da vinda do Reino aos homens(1Co.13.8-10).Com o milagre,o sinal,é confirmada a pregação,a fim de que o mundo creia(Jo.4.48).

3-O Milagre da Porta Formosa:

Muitas vezes, o milagre é espontâneo e inesperado, como no caso do milagre ocorrido com Pedro e João na Porta Formosa, o mesmo ocorreu com Jesus quando encontrou o paralítico frente ao tanque de Betesda, pois como sabemos aquele homem não esperava encontrar Cristo e ser curado. Chegando ao Templo,os dois apóstolos deparam-se com um coxo que todos os dias era levado à porta do Templo para pedir esmolas.Obviamente,aquele coxo deveria ser conhecido dos apóstolos e dos demais que freqüentavam o Templo de Herodes,pois todos os dias ali estava(At.3.2).

Naquele dia, porem, Pedro, tomando a frente, usou de sua autoridade apostólica e liberou a cura àquele homem. Pedro usa da autoridade espiritual que Cristo havia derramado a Ele para que o sinal fosse manifesto entre os descrentes,eram os milagres ao sucessores das pregações dos apóstolos(Rm.15.18-19).Quando estudamos o milagre da Porta Formosa,vemos uma série de características bem peculiares,vejamos:

· Um milagre inesperado (v.6): O pedido do coxo era unicamente a esmola, não esperava ser curado ou salvo naquele dia;

· Um milagre confirmado publicamente (v.8): Logo após sua cura,o homem entra no Templo louvando,andando e saltando, tendo como testemunhas aqueles que freqüentavam o Templo, pois o conheciam;

· Um milagre de graça e misericórdia (vv.13-14): O discurso que seguiu aquele milagre foi marcado pela revelação daquele que o operara-Cristo. Mesmo tendo entregue Cristo para a morte,a misericórdia de Deus foi provada pelos que presenciaram o feito;

· Um milagre para arrependimento (v.19): Discursando no Alpendre de Salomão, Pedro, não deixou de assegurar a necessidade do arrependimento, deixou claro a necessidade do arrependimento para viver um tempo de cura e milagres (v.19).

4-O pós-milagre:

Como bem sabemos tudo aquilo que Deus opera tem propósito e objetivo, dessa forma, não poderia ocorrer uma manifestação Divina sem deixar após si frutos espirituais. Foi justamente o que aconteceu após a proclamação do Evangelho por parte de Pedro.A seguir veremos os frutos que acompanharam os fatos do capítulo 3:

· Os frutos da carne: Após uma pregação tão gloriosa como a realizada no cap.3, muito foram os religiosos que se revoltaram com aquela situação. Já não era o incomodo pela cura,e,sim,pela mensagem de que Cristo é a ressurreição (4.2). Aqueles que se opuseram carregavam consigo os mesmos conceitos errados que crucificaram Cristo, era a mesma filosofia carnal que não se curvava ao Cristo de Deus e produzia morte espiritual (Mt. 23.13; Lc. 11.52);

· Os frutos espirituais: Mesmo seguido de oposição, o agir do Espírito foi com os discípulos confirmando a mensagem trazendo entendimento espiritual àqueles que ali estavam. Muitos,algo em torno de cinco mil,aceitaram a Cristo como SENHOR e salvador(4.4),abrindo mão das idéias que os afastavam de Deus.O milagre realizado naquele dia abriu completamente as portas da Palavra e de salvação para a vida daqueles que estavam presentes e creram.

Um coxo é curado, cinco mil aceitam Jesus como salvador, um dia de prisão para os Apóstolos Pedro e João, um conselho disposto a condenar os discípulos e uma multidão que glorifica a Deus, esse foi o balanço final daquele dia. Tudo começa com a chegada ao Templo às três horas da tarde para o culto de oração,um coxo pede esmola e é curado,todos vêem e não podem negar que aquele homem,que era coxo há 40 anos(4.22),foi curado pelos da seita dos nazarenos.O julgamento precisava acontecer,mas,já era tarde,então,foram presos os dois discípulos,sendo julgados dia seguinte pela cúpula judaica.E eles não puderam participar do culto de oração!

Sinais e maravilhas. Observamos alguns aspectos e até mesmo tentamos definir o que seria um milagre.A verdade é que fica difícil assinalar o que é milagre,quando analisamos Atos 3 e 4,pois um é curado,cinco mil viram crentes,os poderosos recuam com medo,qual é o milagre???Na realidade, podemos definir milagre ou vive-lo com base no vers.1 de Atos 3:" Pedro e João subiam ao templo à hora da oração, a nona.”-compromisso e fidelidade.

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