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31/01/2012

(Mateus. 6.19-21)-JESUS E AS RIQUEZAS

A pregação de Cristo,sempre baseada nas coisas celestiais,desprezava o discurso que valorizasse as coisas testa terra.Em seus discursos,o Bom Mestre enfatizava questões como novo nascimento,comunhão,conduta sem mácula,etc.Preocupava-se em doutrinar acerca de questões espirituais.Quando tratava de temas que agradavam à carne,sempre mostrou o outro lado de quando cedemos à nossa própria vontade.A ênfase de Jesus sempre foi visando que,por meio da fé e obediência,seus ouvintes se tornassem aptos para o Reino dos céus.

(Mateus 6.19-21)


As coisas desta terra nela permanecem

Doutrinando sobre os tesouros no céu,Cristo contrasta a eternidade das coisas espirituais com o breve e passageiro usufruto das riquezas materiais.No vers.19 de Mt.6,no Sermão do Monte,Jesus mostra que os tesouros,por mais preciosos que sejam,terão o seu fim.Note que Jesus está condenando o apego a estas coisas,condena o acúmulo de bens sem lhes dar uma finalidade.Ao ler o discurso do Mestre,entendemos que a advertência refere-se ao cuidado excessivo com aquilo que possuímos.

O estudo cuidadoso do tema 'riqueza material' na bíblia,nos leva a entender que o erro não consiste em possuir,ou ter uma condição financeira elevada,mas,o erro está em,uma vez possuindo-a,o indivíduo passar a basear sua esperança,sua existência,naquilo que é passageiro.A respeito disto,Paulo disse,em 1Tm. 6.17-19, que aquiles que possuem tal condição não devem ser orgulhosos ou ter esperança naquilo que possuem,mas,repartam daquilo que lhes não há falta.Nesse ponto, Deus condena veementemente a avareza daqueles que,possuindo e tendo condições de fazer o bem, nada fazem(Hb. 13.5).O erro,encontra-se,portanto, quando podemos fazer o bem e nos omitimos diante da necessidade alheia (Tg.4.17),aí está o pecado.

A visão de que nada desta terra levaremos,foi entendida por Salomão.Ao escrever Eclesiastes,após uma vida marcada por conquistas,riquezas e bens, compreendeu,em sua velhice,aquilo que desprezava enquanto saciava seus desejos.Por vários momentos em Eclesiastes somos levados a participar da frustração do velho rei de Israel,em seu discurso desiludido desta terra.No cap.2, vers.18-22,lemos que Salomão confessa estar arrependido de tanto ter trabalhado,a fim de manter aquilo que possuía,e chegar à velhice com tudo aquilo,fruto de árduo trabalho,na incerteza de um sucessor que mantenha seu legado.

Sendo alguém dotado de talentos de notável reconhecimento até os dias de hoje,Salomão viu-se frustrado por não vislumbrar que tudo aquilo que construiu será herdado por alguém que nada trabalhou para possuir a riqueza do sábio rei(Ec.2.21).

Ajuntai tesouros nos céus

Como já foi dito anteriormente,cristo ministrava visando uma transformação espiritual no indivíduo capaz de torná-lo parte integrante do reino de Deus.Jesus, no vers.20,mostra que a riqueza espiritual é incorruptível e eterna.Se,por um lado, viver apegado ao material nos levará a ruína espiritual,por outro,quando optamos por alimentar nosso espírito,Cristo assegura que aquilo que produzimos na vida espiritual,permanece com frutos eternos.Uma vez que priorizamos as coisas espirituais,mesmo na nossa morte,não seremos nós que deixaremos algo no qual nos sentiremos frustrados,não,mas,ao invés de perdermos tudo o que conquistamos,teremos todas as riquezas no aguardando no Reino dos céus(1Pe.1.3b-4).

Tamanha é a grandiosidade daquilo que é espiritual,que Paulo chega a afirmar que a coroa da justiça já estava guardada em Deus para ele,mesmo antes de morrer(1Tm 4.8).Já em 1Pe.5.4,aprendemos que o próprio Cristo nos entregará as riquezas espirituais que cultivamos através daquilo que fizemos nesta terra(Mt.10.42).

Onde deve estar o coração

Sempre que lemos aquilo que Jesus nos deixou,percebemos muita objetividade no pensamento do Cristo e nos conceitos que trata.Obviamente,sua objetividade não anula a complexidade em algumas questões.Na questão da riqueza é muito direto afirmando o óbvio,dizendo que onde estiver nosso bem maior,onde estiver o nosso tesouro,ali habitará o nosso coração.Se o nosso tesouro é terreno,então,o nosso coração habitará junto daquilo que mais valorizamos.Quando trata dessa questão,no vers.21,de onde está o nosso coração,na realidade,nos faz refletir sobre aquilo que mais valorizamos em nossa vida,se as coisas desta terra ou as coisas de Deus.

Dando o local onde o nosso coração deve estar,Cristo termina esta parte do discurso sobre riqueza e deixa claro que,na realidade,tudo passa por aquilo que o nosso coração anseia,se temos buscado as coisas desta terra,numa demonstração evidente da nossa velha natureza conduzindo-nos,ou se temos buscado as coisas espirituais ,que é fruto da regeneração,ocorrida no novo nascimento.Caminhar olhando para o alto,tendo nossa consolação nas coisas de Deus,nas coisas espirituais,manifestamos a quem temos servido (Mt.6.24).

Na realidade,aquilo que mais temos cuidado,evidencia em que o nosso coração e,consequentemente,as nossas forças estão depositados.Se temos muito cuidado com aquilo que possuímos,a ponto de interferir nas coisas do Espírito,então,não temos servido a Cristo genuinamente.O lado oposto a isso é a nossa preocupação com a nossa vida cristã diante de Deus,se a priorizamos,lá está o nosso coração,guardado em Deus,que não falhará em conceder nossa herança espiritual.
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