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06/02/2016

Quando a fé é prejudicial

Atualmente, muitos são aqueles que acreditam que o indivíduo que segue uma crença religiosa, seja ela qual for, tem uma conduta melhor em relação àqueles que não seguem ou frequentam alguma religião ativamente. Muito embora todos nós sigamos regras morais em nossas vidas, de acordo com aquilo que julgamos certo e errado, aceitável ou não, aquele que professam uma fé geralmente são mais bem vistos em relação àquele que não toma por base de suas condutas uma doutrina religiosa, mas será que o simples fato de declarar uma fé, seja ela qual for, torna a pessoa digna de maior confiança, mais ética, mais sociável, amorosa ou caridosa realmente?

De uma forma geral, temos por hábito acreditar que aqueles que mantém uma fé ativa, pratica uma religião, tende a exercer algumas virtudes morais mais facilmente em relação àqueles que não são tão dedicados a isto. Por conter um discurso regenerador na maioria das religiões, que visam tornar o indivíduo um ser melhor que antes, espera-se que ao exercer a fé seguindo uma doutrinação de cunho espiritual a pessoa seja mais sensível a questões que envolvam o sofrimento dos outros, ou seja mais ativo na tentativa de desfazer conflitos, melhorar relações fragilizadas, ou simplesmente seja um filho(a) melhor, um funcionário mais consciente de suas responsabilidades, um pai mais presente... Infelizmente, porém, nem sempre é  que vemos. Se a proposta da religião seria justamente, ao conectar o homem ao lado espiritual, torná-lo alguém melhor e consequentemente mudar seu trato nas relações humanas e na conduta individual, nos deparamos com um grave problema quando isso (muitas vezes) acontece. Mas por quê não seria regenerado visto estar num local que prega essas mudanças? Eis algumas possíveis razões:

1-Instrumentalização da religião como forma de mudança material: Com um discurso excessivamente voltado para uma mudança social na vida da pessoa, em detrimento de uma mudança espiritual, o foco em muitas conversões se torna ascender socialmente, ou seja, melhorar de vida através da elevação financeira. Essa tem sido uma estratégia muito bem sucedida em muitas igrejas pois atinge um número significativo de pessoas, principalmente considerando nossa realidade extremamente desigual na nossa sociedade. Com este discurso, a lógica mundana de aceitação pelo que a pessoa possui fica muito evidente, pois, se a pessoa 'melhorou de vida' ao entrar em determinada igreja, isto logo é interpretado como um milagre divino, desfazendo, portanto, a necessidade de regenerar o fiel, esta ideia é abolida pois o milagre foi alcançado, e se foi alcançado isso significa que o Eterno se agradou do indivíduo. 

2-Relativização da conduta pela perspectiva do fiel: Como não há a proposta de tornar o indivíduo moralmente alguém melhor, logo são utilizadas ferramentas que justifiquem sua má conduta (ou conduta não esperada) em relação a questões muito bem fundamentadas tradicionalmente na religião em questão. por exemplo, podemos citar alguém que se diz Protestante e ao mesmo tempo não vê problemas em fumar ou beber (considerando obviamente igrejas que não permitem isto, como Assembleia de Deus ou Deus é amor,por exemplo), sempre tentando justificar-se em algo que não se associa àquela fé que diz seguir. 

3-Um modelo inalcançável de perfeição: Cada religião tem os seus exemplos a serem seguidos; homens e mulheres que, pela fidelidade em seguir os mandamentos, tornaram-se referencias. Quando uma pessoa da qual temos tratado vislumbra tais exemplos, logo afirma a impossibilidade de alcance de tal perfeição.Como este indivíduo busca seguir sua religião de forma superficial, não cogita a possibilidade de um esforço tal como exercido pelas grandes referencias daquela religião.

Então, ao não exercer sua fé de uma forma que busque regenerá-lo, pois visa o benefício presente e transitório, pouco importará qual religião seguir, seu foco será unicamente aquela que mais se encaixa a seus objetivos e menos ferirá seus conceitos, pré-conceitos e ideias e,obviamente, aquela que menos buscar dar diretrizes comportamentais em sua vida. Dessa forma, basta relacionar as religiões e igrejas que mais crescem com aquilo que foi dito anteriormente: Aquelas que menos interferem na vida das pessoas e tem um discurso mais objetivo no sentido de dar soluções de curto prazo para as pessoas, essas tendem a ter um crescimento e uma aceitação maior, obviamente que levando em consideração outros fatores.


01/02/2016

Reflexões sobre a igreja e a política

Pastor Elienai Cabral

O Brasil está vivendo uma efervescência política em todos os segmentos da sociedade, especialmente na igreja evangélica, incluindo a Assembleia de Deus. O momento político de nosso país requer das lideranças evangélicas, especialmente da Assembléia de Deus, uma postura equilibrada e moderada face às ofertas politiqueiras comprometedoras. A igreja evangélica não deve omitir-se desse momento político de eleições, mas deve fazer-se valer pelo seu papel moral no seio da sociedade brasileira. O poder decisório de nossa igreja requer de nossos líderes o compromisso, antes de tudo, com os valores expressos no Evangelho de Jesus Cristo. A contextualização de nosso papel evangélico não pode jamais significar a absorção do sistema mundano que opõe-se às premissas do Evangelho de Cristo.

Há uma interpretação equivocada acerca do papel da igreja quanto à submissão ao Estado. Em Romanos 13.1-2, lemos que “toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus, e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus”. Respeitar as autoridades e submeter-se a elas não significa acomodar-se às suas corrupções e desvarios políticos. Significa ter uma atitude de coerência com os princípios que não ferem a Palavra de Deus. O Estado não é divino. Apenas a autoridade positiva do Estado é “ordenada por Deus”.

O Estado não tem a última palavra em relação aos assuntos litigiosos, porque é uma instituição temporária. Portanto, a Igreja deve prescindir dele. A Igreja deve preservar seus valores de representação como instituição moral e ética, cobrando do Estado quando esses valores forem ameaçados.

As instituições governamentais existem para aplicação das leis que regem os indivíduos dentro de uma nação. Elas são identificadas como agentes de representação da ordem política. Porém, a ordem política existente é relativa, provisória, mutável e mutante, porque um dia será estabelecido um governo divino sobre a Terra, depois da vitória final de Cristo sobre todo o principado e poder.

Para sermos “o sal da terra” e a “luz do mundo” numa sociedade corrompida, precisamos impor nosso papel como Igreja, no sentido de desenvolver uma vida social e política capaz de influenciar o mundo que vivemos. A Igreja deve se conscientizar da importância do momento político e indicar pessoas capazes de defenderem os valores mais sagrados da sociedade. A consciência da Igreja é a garantia contra a corrupção no seio da sociedade. A omissão da Igreja quanto à participação da vida política deixa vazios nossos parlamentos políticos do papel crítico, construtivo e sensibilizador da Igreja. Os regimes autoritários e os governos corruptos surgem pela falta do papel político da Igreja, que é comprometida com os ideais do Evangelho de Cristo.

Texto do Pastor Elienai Cabral publicado no CPADNews [Site]

Igreja Mórmon revela detalhes de seu passado

Em um esforço para ser “transparente” aos seus membros, a Igreja Mórmon recentemente lançou 12 ensaios que revelaram que seu líder fundador, Joseph Smith (foto), tinha cerca de 40 mulheres, incluindo uma menina que tinha apenas 14 anos de idade.

Smith (1805-1844) sempre foi retratado como um marido amoroso com sua esposa Emma, ​​mas um artigo recente, intitulado “Plural Marriage in Kirtland and Nauvoo” (“Casamento Plural em Kirtland e Nauvoo”, em tradução livre do inglês, provou o contrário.

O texto aponta que Smith ainda tomou para si mulheres que já tinham maridos, o que fez a poligamia ser considerada “uma provação dolorosa” por sua primeira esposa. No entanto, é possível que Smith não tenha tido relações sexuais com todas elas, porque algumas mulheres foram “selados” com ele para a próxima vida, segundo informações do The New York Times.

Também conhecida como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a denominação mórmon decidiu compartilhar esses controversos documentos para provar que não tinha nada a esconder sobre seu passado, quando foi marcada por inúmeras controvérsias, incluindo questões raciais, como a exclusão de membros negros.

“Há tanta coisa lá fora, na Internet, que sentimos que devíamos aos nossos membros um lugar seguro onde eles poderiam ir para obter informações confiáveis ​​de promoção da fé que fosse verdade sobre alguns desses aspectos mais difíceis de nossa história”, afirmou o historiador da igreja, Steven E. Snow.

Essa não é a primeira vez que a decisão da Igreja Mórmon ganha destaque na mídia. Em novembro de 2014, quando a abertura de documentos sigilosos aconteceu, detalhes sórdidos da vida de Joseph Smith ganharam as manchetes de maneira oficial. Embora as histórias já corressem a sociedade em forma de rumor, a confirmação levou muitos membros a ficarem chocados.

“Joseph Smith foi apresentado a mim como um profeta praticamente perfeito, e isto é verdade para muita gente”, disse Emily Jensen, um blogueira mórmon. Ela, juntamente com alguns amigos mórmons, passou por momentos delicados quando aprenderam a verdade sobre o passado do líder fundador da denominação. “Esta não é a igreja em que eu cresci, este não é o Joseph Smith eu amo”, lamentou, segundo informações do Christian Today.

Extraído do Gospel+ [Site]

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