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Jesus e as Riquezas



(Atualizado em 26/ Outubro/2019)
Abaixo temos os textos desenvolvidos com base nos estudos daquilo Jesus falou sobre riqueza material.Os conceitos emitidos priorizam o próprio pensamento de Jesus em suas abordagens e, por isso, são baseados, predominantemente, nos quatro Evangelhos. Procuramos demonstrar que a bênção de Deus dá-se em todos os aspectos,sendo priorizada a questão espiritual que, aliás,é o cerne da pregação de Cristo e dos Santos Apóstolos.E, lembramos que você por ter este estudo de forma gratuita e digital, em PDF! [Aqui]
Gabriel Queiroz. 
( Adm. do Blog Verdade Profética )


1-A Prosperidade Bíblica


O tema prosperidade,confundido com riqueza material,ganhou um espaço significativo nas pregações dos mais populares pregadores.Sendo objeto de sistemática análise principalmente dos pregadores televisivos,a prosperidade, ou melhor,a riqueza material,infiltra-se até mesmo na compreensão de Doutrina por parte principalmente dos neo pentecostais,não sendo exclusividade destes.Este componente da mensagem destes pastores tornou-se tão indispensável em suas pregações que criou-se uma teologia (falsa) que tem com o objetivo de justificar a ambição das coisas desta terra,o triunfalismo,contido naquilo que é pregado.Sob o nome de 'teologia da prosperidade' este engano tem sido o meio pelo qual muitos têm visto suas igrejas crescerem de forma a invejar qualquer multinacional(seja em pessoas ou em rendimentos).


Dar para Receber:

No Sermão do Monte,ao ministrar o Mestre,grandes verdades espirituais foram reveladas.Falando acerca de vários temas,ficou bem claro o objetivo dele em mostrar como deveria ser a nossa relação com Deus e a nossa relação com o próximo.Chegando ao cap.6 vers.38 de Lucas,vemos Jesus dizendo:'dai e servos-á dado.'Lendo de forma isolada o texto,podemos compreendê-lo como uma fórmula mágica :'é dando que se recebe'.É nesse texto que se fundamentam muitas das campanhas,fogueiras santas,propósitos,visando a bênção de Deus.

Idéias que associam o sacrifício (em bens materiais) como o meio de adquirir a graça de Deus tomam por base textos como o citado acima isolando-os de seu contexto no qual foram falados.No caso do texto em questão,desprezam que Cristo estava nos ensinando quanto a forma correta de proceder com o nosso semelhante.Em nenhum momento, Cristo deixa transparecer que aquilo que  Ele falava naquele momento revelava o modo de Deus se manifestar a nós.Tão errônea é a maneira de pensar que Deus nos abençoa à medida que ofertamos que muitas vezes pela bíblia vemos Deus abençoando mesmo na infidelidade do povo(2 Tm. 2.13).Como na pregação de Paulo em Listra,é bom termos consciência que as dádivas de Deus a cada dia estão conosco mesmo que não façamos por merecer(At.14.16-17).

Riqueza e Prosperidade - Sinônimos?

Pela bíblia não são poucas as promessas de Deus em conceder prosperidade, felicidade, multiplicar, honrar,não há,porém,promessas de riqueza material,salvo aquelas que foram direcionadas a personagens específicos.Confundindo o significado de prosperidade,honra,bem como de outras palavras,usam isto para jogar a rede ao povo caçando-o com uma pregação anti bíblica,levando os incautos a crerem nessas 'promessas' falsas.


A idéia de que a fidelidade a Deus remete a uma vida sem problemas, a uma vida com dinheiro e com todos os desejos concretizados,não é nova.Ao ler a história de Jó vemos as palavras de seus amigos pregando exatamente o que é pregado por pregadores fiéis a essa teologia carnal.Elifaz,que foi o primeiro 'amigo' de Jó que chegou para o consolar,no cap. 22 vers.28,chega a afirmar que a bênção,a dádiva de Deus é condicionada à nossa ordem, que Deus iria conceder a Jó conforme sua vontade.Este,inclusive,é o mesmo pensamento partilhado por R.R. Soares que chega a pregar que a bênção de Deus só se dará à medida que 'determinarmos' a tal bênção.Nessa idéia,anulam completamente a soberania de Deus e sua vontade para cada um.

Quando ensina a orar, o Mestre deixa claro que ao pedir qualquer coisa,a nossa necessidade deve estar em conformidade com a vontade de Deus (Mt.6.10).Na verdade,não deve ser Deus que precisa fazer a nossa vontade,mas,nós,como servos,devemos realizar a vontade de nosso Deus renunciando nossas vontades fúteis e carnais e cumprir sua vontade(Jo.5.14).

Jesus e as Riquezas:

Aquele que se propõe a ler o mínimo dos Evangelhos,seja crente ou não,verá que Cristo nunca viu com bons olhos a questão das riquezas materiais.Por onde pregava,seus ouvintes eram predominantemente os humildes e pobres da terra e,com suas palavras,os consolava e redimia,causando a fúria dos ricos,dos políticos,dos influentes,dos grandes.Em uma de suas parábolas,chega a afirmar que ' é difícil entrar um rico no Reino dos céus... é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha...' (Mt.19.23-24).


Muitas vezes o Mestre de Nazaré teve de mostrar que as riquezas afastam o homem da presença de Deus.As advertências de Jesus quanto à riqueza,só se davam,obviamente,pois ao possuir bens materiais,o homem passa a crer ser seu próprio deus,se vê como auto suficiente,desprezando o Criador.Jesus ao falar aos ricos,mostra que o erro deles não é ser rico,absolutamente,mas,ter sua consolação baseada naquilo que não é espiritual(Lc.6.24).

Na sua caminhada pelo mundo o Mestre abdicou de toda a riqueza que lhe estava disponível(Fp.2.6-8).Identificou-se com os humilhados e excluídos da terra e condenou fortemente as práticas daqueles que se julgavam os senhores do mundo.Sendo rico e Senhor de todas as coisas,Cristo se fez pobre por nós (2Co.8.9).

Até mesmo após a conversão o homem não está livre da sedução das riquezas e o poder que o mundo oferece.Em Mt.13.22,na Parábola do Semeador,note que a semente(a Palavra) não permaneceu quando o apelo às coisas materiais começou a ganhar espaço.Certo é que o desejo de crescer em riqueza,mesmo após a conversão,sufoca aquele que planeja exercer a fé em Cristo (1Tm. 6.9),daí a advertência do Mestre,pois,como sabemos,não podemos servir a dois senhores (Lc.16.13).
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2-Discursos sobre a Riqueza (Mateus 19.16-22)


Certamente que,no decorrer da narrativa dos Evangelhos, Jesus teve encontros que renderam preciosas lições.Eram encontros com os mais diversos tipos de pessoas,tanto ricos como pobres,influentes e até mesmo pequenos,mas,que,ao ver Jesus face a face não perderam a oportunidade de extrair dele uma palavra capaz de transformar suas vidas.A maioria daqueles que tiveram este privilégio de passar estes momentos com o Mestre obtiveram êxito e respostas que mudaram o curso de suas vidas e os conduziu a uma caminhada vitoriosa.Aqueles que usufruíram desta oportunidade e não puseram em prática aquilo que Cristo lhes aconselhou, trouxeram para si mais dúvidas e,ainda,questões que eles mesmos eram incapazes de resolver.Esta atitude destrutiva foi tomada pelo jovem rico do texto que é objeto deste estudo.

(Mateus 19.16-22)

Um encontro impactante

Não era incomum as palavras de Cristo produzirem nos ouvintes certa inquietude e até mesmo desconhecimento da natureza daquilo que era tratado pelo Mestre.Até mesmo os doze,ante as Palavras de Jesus,viam-se muitas vezes perdidos sem saber a mensagem  que ele queria transmitir(Mc.9.32).As dúvidas surgiam à medida que Jesus transmitia conceitos que não faziam parte do sistema religioso e nem mesmo era aplicado pelos ouvintes.Era sabido,porém,que Jesus ensinava a todos um caminho no qual ordenanças e mandamentos não eram o meio pelo qual se alcançava salvação.Buscando saber sobre coisas espirituais e como ser aceito por Deus,surge um jovem rico sedento por respostas.

Descrito como um homem de posição em Lc.18.18,o jovem rico,como ficou conhecido,gozava de muita riqueza.Ao ler o relato deste encontro nos Evangelhos,vemos que Jesus não o repreende por sua riqueza ou posição que ocupava,embora Cristo não visse com bons olhos o acúmulo de riquezas.Embora fosse muito rico,mantinha sua religiosidade muito ativamente desde a juventude(Lc.18.21),praticando aquilo ensinado por Moisés na Lei.

Enquanto que com os publicanos a relação de Jesus era mais rígida,pois enriqueciam às custas da exploração do povo(Lc.3.12-13),com o jovem rico,a conversa foi bem moderada,o que sugere que a fonte de sua riqueza era de origem que Cristo não condenava.O problema que surgiu foi justamente quando o jovem optou por não seguir a recomendação de Cristo que,inclusive,fora feita a seu pedido(Mt.19.22).

A certeza da miséria na alma

Quando busca o Mestre,o jovem foi movido pela dúvida acerca da salvação eterna.Esta dúvida não é privilégio deste,sendo componente na alma de todos os homens,conforme Ec.3.11,onde lemos:"Deus pôs a eternidade no coração do homem".Então,a questão trazida pelo rico refletia aquilo que todos os homens,grandes ou pequenos,anseiam em sua alma.Através deste exemplo, podemos entender que,por mais rico que seja,a carência na alma,a miséria na alma pelas coisas espirituais não deixam de fazer parte da vida de todos nós.Jesus,ao respondê-lo,mostra-lhe que ainda faltava algo que o tronasse apto ao Reino de Deus.Quando lhe fala,mostra que mesmo sendo muito religioso ainda faltava algo.A resposta dada em Mateus 19.21,tinha como pano de fundo duas questões fundamentais:

(a)Cumprir o mandamento:Ao responder desta forma ao jovem,Cristo queria mostrá-lo que a Lei a quem ele afirmava ser fiel e cumprir 'desde a juventude' estava sendo negligenciada no amparo ao próximo.Sendo rico, tinha responsabilidade para com os pobres da terra.Eles deveriam ser supridos nas suas necessidades(Dt.15.7-8);
(b)Priorizar a Deus: Quando manda que dê sua fortuna aos pobres,Cristo quer saber qual é a prioridade daquele que lhe falava.Queria saber se ansiava as coisas espirituais como dizia ou se ainda estava voltado para aquilo que possuía.

Só uma coisa te falta

Depois de confessar que cumpria a Lei e obedecia aquilo que os profetas ensinaram,logo veio a constatação que ainda faltava algo ao jovem rico.Enquanto que no relato de Mateus é o jovem que pergunta a Jesus o que lhe falta,em Marcos 10.21 e Lucas 18.32 é Cristo quem revela que ainda falta algo para ele ser aprovado e aceito por Deus.

A cada momento nos discursos de Jesus,ficava claro ,principalmente quando tocava no assunto da riqueza material,posições humanas,que Deus não se guia por aquilo que é aparente,por aquilo que nossos olhos avaliam de forma enganada (Gl.2.6).Sob o olhar carnal e humano,havia na vida daquele jovem a bênção de Deus,ao olhar para aquilo que possuía,muitos eram aqueles que julgavam que aquele jovem rico era muito abençoado por Deus.Pensando dessa forma,muitos eram enganados desconhecendo que as aparências ou até mesmo posições ocupadas pelos homens para nada prestam no julgamento divino(Ef.6.9).

Como hoje,muitos erma confundidos imaginando que os que tal posição ocupam, aqueles que têm o melhor desta terra a seu dispor,são portadores da bênção divina.Analisando o espírito daquele jovem,Cristo viu e notou a miséria espiritual na qual aquele jazia.A despeito de uma análise humana e carnal,Jesus percebeu que aquele jovem não possuía temor a Deus suficiente a ponto de abrir mão de tudo por amor a Ele.A falta de temor o levou a não possuir desprendimento de todas as coisas por amor ao Reino (Sl.34.9).Contemplando todo o interior da alma daquele jovem,Cristo viu aquilo que todos desconheciam.Julgando de forma carnal,não notaram a miséria daquele que,aparentemente,era portador da bênção divina(Lc.16.15).

Após analisar a breve conversa entre Cristo e o 'jovem rico',ficaram bem esclarecidas as Palavras de Cristo em Lucas 12.15: "E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui",evidenciando que as nossas avaliações não refletem aquilo que é a realidade espiritual daqueles que julgamos bem-sucedidos,'influentes',grandes.Lendo os textos e refletindo, notamos que, ainda que venhamos a possuir todas as coisas da terra,se não tivermos sobre nós o selo,a marca de Cristo,seremos os mais miseráveis(Mt.16.26).
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3-Discursos sobre Riqueza (Mateus. 6.19-21)


(Mateus 6.19-21)


As coisas desta terra nela permanecem

Doutrinando sobre os tesouros no céu,Cristo contrasta a eternidade das coisas espirituais com o breve e passageiro usufruto das riquezas materiais.No vers.19 de Mt.6,no Sermão do Monte,Jesus mostra que os tesouros,por mais preciosos que sejam,terão o seu fim.Note que Jesus está condenando o apego a estas coisas,condena o acúmulo de bens sem lhes dar uma finalidade.Ao ler o discurso do Mestre,entendemos que a advertência refere-se ao cuidado excessivo com aquilo que possuímos.

O estudo cuidadoso do tema 'riqueza material' na bíblia,nos leva a entender que o erro não consiste em possuir,ou ter uma condição financeira elevada,mas,o erro está em,uma vez possuindo-a,o indivíduo passar a basear sua esperança,sua existência,naquilo que é passageiro.A respeito disto,Paulo disse,em 1Tm. 6.17-19, que aquiles que possuem tal condição não devem ser orgulhosos ou ter esperança naquilo que possuem,mas,repartam daquilo que lhes não há falta.Nesse ponto, Deus condena veementemente a avareza daqueles que,possuindo e tendo condições de fazer o bem, nada fazem(Hb. 13.5).O erro,encontra-se,portanto, quando podemos fazer o bem e nos omitimos diante da necessidade alheia (Tg.4.17),aí está o pecado.

A visão de que nada desta terra levaremos,foi entendida por Salomão.Ao escrever Eclesiastes,após uma vida marcada por conquistas,riquezas e bens, compreendeu,em sua velhice,aquilo que desprezava enquanto saciava seus desejos.Por vários momentos em Eclesiastes somos levados a participar da frustração do velho rei de Israel,em seu discurso desiludido desta terra.No cap.2, vers.18-22,lemos que Salomão confessa estar arrependido de tanto ter trabalhado,a fim de manter aquilo que possuía,e chegar à velhice com tudo aquilo,fruto de árduo trabalho,na incerteza de um sucessor que mantenha seu legado.

Sendo alguém dotado de talentos de notável reconhecimento até os dias de hoje,Salomão viu-se frustrado por não vislumbrar que tudo aquilo que construiu será herdado por alguém que nada trabalhou para possuir a riqueza do sábio rei(Ec.2.21).

Ajuntai tesouros nos céus

Como já foi dito anteriormente,cristo ministrava visando uma transformação espiritual no indivíduo capaz de torná-lo parte integrante do reino de Deus.Jesus, no vers.20,mostra que a riqueza espiritual é incorruptível e eterna.Se,por um lado, viver apegado ao material nos levará a ruína espiritual,por outro,quando optamos por alimentar nosso espírito,Cristo assegura que aquilo que produzimos na vida espiritual,permanece com frutos eternos.Uma vez que priorizamos as coisas espirituais,mesmo na nossa morte,não seremos nós que deixaremos algo no qual nos sentiremos frustrados,não,mas,ao invés de perdermos tudo o que conquistamos,teremos todas as riquezas no aguardando no Reino dos céus(1Pe.1.3b-4).

Tamanha é a grandiosidade daquilo que é espiritual,que Paulo chega a afirmar que a coroa da justiça já estava guardada em Deus para ele,mesmo antes de morrer(1Tm 4.8).Já em 1Pe.5.4,aprendemos que o próprio Cristo nos entregará as riquezas espirituais que cultivamos através daquilo que fizemos nesta terra(Mt.10.42).

Onde deve estar o coração

Sempre que lemos aquilo que Jesus nos deixou,percebemos muita objetividade no pensamento do Cristo e nos conceitos que trata.Obviamente,sua objetividade não anula a complexidade em algumas questões.Na questão da riqueza é muito direto afirmando o óbvio,dizendo que onde estiver nosso bem maior,onde estiver o nosso tesouro,ali habitará o nosso coração.Se o nosso tesouro é terreno,então,o nosso coração habitará junto daquilo que mais valorizamos.Quando trata dessa questão,no vers.21,de onde está o nosso coração,na realidade,nos faz refletir sobre aquilo que mais valorizamos em nossa vida,se as coisas desta terra ou as coisas de Deus.

Dando o local onde o nosso coração deve estar,Cristo termina esta parte do discurso sobre riqueza e deixa claro que,na realidade,tudo passa por aquilo que o nosso coração anseia,se temos buscado as coisas desta terra,numa demonstração evidente da nossa velha natureza conduzindo-nos,ou se temos buscado as coisas espirituais ,que é fruto da regeneração,ocorrida no novo nascimento.Caminhar olhando para o alto,tendo nossa consolação nas coisas de Deus,nas coisas espirituais,manifestamos a quem temos servido (Mt.6.24).

Na realidade,aquilo que mais temos cuidado,evidencia em que o nosso coração e,consequentemente,as nossas forças estão depositados.Se temos muito cuidado com aquilo que possuímos,a ponto de interferir nas coisas do Espírito,então,não temos servido a Cristo genuinamente.O lado oposto a isso é a nossa preocupação com a nossa vida cristã diante de Deus,se a priorizamos,lá está o nosso coração,guardado em Deus,que não falhará em conceder nossa herança espiritual.
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4-Discursos sobre Riqueza (Lucas 12.13-21)

(Lucas 12.13-21)

Um pedido incompatível com a missão de Cristo

Em diversos momentos,enquanto as multidões seguiam a Cristo,muitos foram os pedidos e súplicas dirigidas ao Mestre de Nazaré.Os filhos de Zebedeu,por exemplo,Tiago e João,apóstolos de Jesus, lhes dirigiram um pedido egoísta, que desprezava o ensino de Jesus sobre o serviço ao próximo como parte integrante do chamado cristão (Mc.10.44). Os dois irmãos pediram a Jesus que lhes fosse concedido assentar-se ao lado do Mestre ,quando este fosse glorificado (Mc.10.37). O pedido logo foi recusado por Cristo dizendo que uma intimidade maior com Ele é destinada àqueles que estão dispostos a padecer por Ele aquilo que Ele padeceu ao Pai por nós (Mc.10.39).

Outros pedidos foram negados por Cristo,como no caso dos fariseus e saduceus que,tentando o Mestre,pediram sinais que evidenciassem aquilo que Ele dizia(Mt.16.1).A recusa de Jesus logo se fez ouvir naquela situação armada contra Ele(Mt.16.4).

No texto de Lucas,vemos,nos vers.13 e 14,um pedido muito incomum se levado em consideração aquilo que era o compromisso de Jesus em seu ministério. Aquilo que Jesus realizava em seu ministério,em suas ministrações,e que ensinou aos seus discípulos é descrito em Mt.10.8,onde compreendemos que aquilo que era realizado por Ele incluía a manifestação do Reino espiritual na esfera do natural,capaz de levar o homem à comunhão com Deus.Eram demonstrações do Espírito com poder tomando por base o ensino sistemático da doutrina de Deus, a pregação expositiva da Palavra e,confirmando a Mensagem, os sinais através de curas, milagres, prodígios,maravilhas (Mt.4.23).

O pedido dirigido ao Mestre,a fim de que intercedesse na partilha dos bens de uma herança,sendo incompatível com a natureza daquilo que Cristo realizava em seu ministério, foi negado por ele.Mostrando que,embora exercesse muita influência aos seus contemporâneos,Cristo não tinha nenhuma intenção em tornar-se representante político de seus seguidores,seu objetivo era simplesmente ser o representante espiritual, daqueles que o recebiam,diante do Pai,uma vez que Seu Reino não é desta terra(Jo.18.36).

Quando Jesus nega o pedido daquele homem,mostra-nos que,embora a atitude estivesse correta [buscar a Deus] o motivo,porém,estava errado [a resolução de problemas financeiros] estava errado.Como hoje,muitos são aqueles que estão agindo como aquele homem,tomam a atitude de buscara a Cristo,mas,o objetivo nada tem a ver com a Salvação ou a Eternidade,seus objetivos tem sido a resolução de questões temporais,meramente humanas.Neste momento,onde os nossos apelos não se unem àquilo que é o objetivo de Jesus,logo temos nossos pedidos negados, reprovados pelo Mestre(Tg.4.3).

A parábola do Rico insensato

Ao negar o pedido daquele homem que lhe rogou uma solução para seu litígio, Cristo para um discurso,em forma de parábola, explicando o porquê de sua negativa.

A partir do vers.16,no início da Parábola,vemos Jesus descrevendo alguém que possuía riquezas e que se via num dilema diante de uma propriedade que havia produzido em excesso.O produtor,não dispondo de um local para recolher sua produção excedente,logo decidiu derrubar seus celeiros,para que construísse maiores.A lógica seguida pelo produtor ,numa primeira análise,não se encontra nem um pouco errada,mas, uma análise cuidadosa, a fundo do caso,mostrará os erros nos quais o homem incorreu.Primeiramente,não devemos desprezar aquilo que a Lei de Moisés determinava àqueles que possuíam em abundância.Em Dt.18.7-8,a Lei era clara quanto aos deveres daqueles que possuíam bastante em Israel,afirmando que estes deveriam suprir as necessidades de seus irmãos que nada possuíam,não desprezando o amparo aos israelitas que não desfrutavam daquilo que os demais.

Na contramão do mandamento,o rico narrado em Lucas,decidiu fechar seu coração para o mandamento e recolher toda sua produção para si mesmo,desprezando uma finalidade determinada pela Escritura,tão somente para satisfazer sua alma(v.19).Novamente Cristo não combate os ricos,pelo simples fato de serem ricos,mas, por tornar algo carnal e corruptível objeto de excessivo cuidado,sendo tratado como objeto de culto.Cristo deixa claro o motivo que levou aquele homem a destruir seus celeiros e construir maiores e era justamente para satisfazer sua auto suficiência egoísta.O propósito daquele homem era manter toda sua produção estocada a fim de que sua alma se alegrasse naquilo, para que seu ego se mantivesse nutrido por possuir condições de se manter daquilo por muitos anos em descanso e sem preocupações, apenas se alegrando dos benefícios daquela colheita(v.19).

Esta noite te pedirão a tua Alma

Ao final da parábola proposta aos seus ouvintes,Cristo,como sempre,aponta para a questão espiritual e a iminência do julgamento divino.Enquanto que,na parábola, o rico fazia projetos e tinha planos que satisfariam sua carne,a sujeição às Leis de Deus eram incertas em sua vida,faziam-se os planos,mas, esquecia-se que a  resposta final pertence ao SENHOR (Pv.16.1).Esse conceito de sujeitar-se a Deus ficou claro após a Ressurreição,os crentes passaram a compreender que suas vidas eram condicionadas à vontade de Deus,e Ele nos direcionará conforme seu intento a cada um(Tg.4.14-15).

Jesus,que veio restaurar a visão dos cegos (Lc.4.13),a cada momento que trata do assunto dos bens e das riquezas materiais,passa o ensinamento que aqueles que tem como objetivo de vida apenas e tão somente o acúmulo de bens,o cuidado excessivo por riquezas temporais,estão perdendo tempo em algo que,ao seu espírito,não trará benefícios.A cada discurso,Cristo mostra que o serviço de acumular riquezas é vão e inútil,uma vez que aquele que consegue tal intento,não o terá eternamente,outro desfrutará daquilo que ele acumulou(Sl.39.6).

Mais uma vez Cristo mostra que todo o fruto do nosso trabalho humano não será gozado por nós na eternidade.Tudo o que realizamos,todo o nosso legado,todos os bens,serão objeto de gozo àqueles que nos sucederem (Ec.2.21).Evidenciando a fragilidade de uma vida dedicada aos cuidados excessivos dos bens que possui,Cristo mostra algo no qual é legítimo buscar,um propósito que realmente é útil ao homem buscar - a eternidade.A Palavra,então,nos exorta a ter cuidado com o nosso próprio pensamento,ter cuidado com aquilo que temos almejado no nosso coração(Pv.4.23),nos levando a entender que devemos manter o nosso foco e busca naquilo que é eterno e espiritual(Cl.3.2).

Quando tratamos do tema riqueza enfatizando aquilo que Cristo falou sobre o tema,muitos são aqueles que pensam que enfatizamos a miséria ou amarração financeira.Não é nada disso.Na realidade,aquilo que aprendemos,através das Palavras de Cristo,é que o perigo é quando colocamos de forma prioritária, no mesmo plano da família,ou da própria salvação,a busca pelos bens e riquezas. Cristo,como dissemos,não condena o rico,simplesmente por ser rico, mas, seu apego ao que possui,que pode o afastar,ou mesmo tirar o foco de Cristo em sua vida.Quando priorizamos qualquer coisa que não seja o Reino de Deus,estamos debaixo de condenação,saindo do plano original de Deus a nós,a saber,a salvação.
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