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17/04/2013

A SEDE PELO PODER


"28 Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.
29 Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi." - (Gênesis 1)


Na Criação,descrita nos primeiros capítulos das Sagradas Escrituras, no Livro de Gênesis, vemos as diretrizes divinas ao homem,Adão, no tocante à sua relação com as demais formas de vida da Terra. Na situação, o Eterno entrega ao homem, o domínio de tudo ao seu redor, no campo material, para que este governasse soberanamente,devendo sujeição somente ao seu Criador Supremo,Deus.

A AMBIÇÃO HUMANA PELO PODER

Sendo participante da natureza divina, uma vez que recebe o sopro divino dentro de si, o homem, carrega consigo o desejo íntimo de dominar.Deus,na realidade, insuflou no homem características da divindade, a saber: [a] Eternidade (Ec.3.11); [b] Natureza espiritual (Dt.8.3; Mt.4.4) e [c] Incorruptibilidade espiritual (2Co. 4.16),por exemplo. Por outro lado, também criou limitações em nós que nos tornassem sensíveis ao apelo divino em servi-lo,como por exemplo: [a] Morte do corpo (Hb. 9.27); [b] Impossibilidade de justificar-se por si mesmo (Jó 9.2);etc. Então, dotado de características divinas, como o desejo de exercer  governo, domínio, autoridade, o homem tenta, muitas vezes de maneira ilícita, saciar seu desejo de poder.

Embora dotado desta característica da divindade, de exercer governo, não há de se presumir que Deus compactue ou que Ele mesmo colocou este desejo incontrolável dentro do homem, muito pelo contrário, a Bíblia faz diferença entre a ambição natural, gerada pela natureza divina presente em nós, daquilo que é definido como concupiscência,ou seja, o apetite carnal desordenado, este último condenado por Deus (1Jo. 2.16).Sobre isto, as Escrituras nos recomendam que não cedamos a seus desejos (Rm. 13.14).E,ainda, torna-se antagônico o andar com Deus e, ao mesmo tempo, suprir seus desejos carnais. Não se pode presumir que o indivíduo seja fiel a Deus e,ao mesmo tempo, a seus desejos vis e pecaminosos, é algo impossível (Gl. 5.16).

Mas, e quando a sede por uma posição, ou domínio,enfim, não ofende a recomendação Bíblica? Seriam todos os desejos válidos desde que não contrariem o Mandamento? Obviamente, que, como na descrição de concupiscência descrito acima, qualquer desejo ou vontade da nossa carne, que seja descontrolável, independente de qual seja esta vontade ou desejo, que faça parte de nós, devemos combatê-los.Nas palavras de Paulo, tais desejos devem ser crucificados para que o indivíduo seja, de fato, um servo de Cristo (Gl. 5.24).Então, na realidade, ainda que a intenção seja boa e o objetivo não esteja ferindo a recomendação bíblica, se essa for de forma incontrolável, deve ser abandonada e, de forma nenhuma, ter lugar em nosso coração,pois, em outras palavras, não é proveniente do Pai.

LIDERANÇAS ECLESIÁSTICAS E SUAS PRÓPRIAS CONCUPISCÊNCIAS

Como dissemos, os fins não justificam os meios. Há pessoas que imaginam que o simples fato de um desejo não ser pecado, pelo menos não revelado na bíblia, podem nutri-lo e buscar satisfazê-lo de todas as formas. Aliás, a melhor forma de entender o real sentido de concupiscência é este: qualquer desejo que,em sua busca em realizá-lo, distorce nossos limites. Tais desejos incontroláveis, como o  nome já sugere, faz o indivíduo agir de modo irracional, desprezando todo o bom senso e toda a concepção, pessoal ou bíblica, de certo e errado. Infelizmente, levaremos para outro lado, ou melhor, para o outro lado do Púlpito...

A sede pela Presidência, pelo título Ministerial, pela liderança eclesiástica de uma forma geral. É com estas características que muitos líderes tem se apresentado neste últimos dias. Recomendam que suas ovelhas não mantenham e não estejam nutrindo tais desejos incontroláveis, e, no entanto, são os primeiros a recusarem-se a abrir mão do trono.Distante do governo Apostólico,apresentado principalmente em Atos dos Apóstolos, os pastores modernos ditam suas regras, ordenanças e mandamentos, sem a participação efetiva da Igreja, esta,inclusive,que é soberana em suas decisões. Nos dias atuais é fácil perceber líderes que desprezam completamente ouvir a posição da Igreja para as decisões, sejam espirituais, como propósitos, campanhas, como, também, na area administrativa, como acesso a contas, cargos e salários, nas Igrejas que mantém folha de pagamento. Muitos tem sido absolutos e soberanos e os fiéis, que são os mantenedores do Templo, meros coadjuvantes nessa história toda.

Cristo Jesus, como é fácil observar nos Evangelhos, tinha muito bem definida toda sua estrutura de governo,em seu ministério, seja na questão financeira, espiritual ou organizacional de maneira geral. A situação que descrevemos anteriormente tem uma correspondência tremenda  e incrivelmente idêntica com o sistema religioso anterior a Cristo, que tornou-se um dos pontos mais marcantes de todo seu ministério, em sua tentativa de abrir os olhos de todos esses religiosos para o que realmente importava. Cristo tornou-se uma voz implacável contra a utilização comercial daquilo que deveria ser plenamente espiritual,e advertiu-os sobre o apego exacerbado que os mestres da Lei tinha daquilo que o sacerdócio lhes proporcionava, como por exemplo,as honras e privilégios dentro de Israel. Os sacerdotes mantinham, até certo sentido, as mesmas práticas que citamos, eram destacados e tidos como os mais respeitados dentro da cultura judaica, que gostavam de toda a pompa e honra que os títulos lhes proporcionavam (Mt. 23.6,7).

Infelizmente, abrindo mão de todo o sacrifício do Mestre, Cristo, muitos são aqueles atualmente que,uma vez chegando ao ministério apostólico  (i.e. deixado pelos Apóstolos e propagado pelos ministros de hoje), abrem mão de toda a simplicidade que deve existir na vida de um verdadeiro ministro do Evangelho, e logo são envolvidos pela sedução de poder, honras, e alianças humanas que, são destrutivas no ministério de qualquer um,uma vez que obtenha morada.Lastimável,porém, a mais pura realidade.Tamanha é a sedução que as lideranças estão expostas,que a própria Bíblia Sagrada não se cala quanto a isso, vemos advertências, recomendações e até exemplos,casos, que mostram quão fáceis são as oportunidades de um líder ver-se embaraçado em situações como as que descrevemos . Sobre as lideranças,então, cabe-nos a oração e,por parte daqueles que ainda se mantém fiéis ao Evangelho puro e simples, a vigilância para que não sejam envolvidos nesse desejo de poder.

Texto Original de: †Gabriel Queiroz - Blog Verdade Profética

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