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24/07/2012

A força da Igreja Assembleia de Deus nas eleições de 2012

A perigosa mistura entre religião e política já faz,há algum tempo, parte das campanhas eleitorais, visando,não somente os votos dos crentes, mas, também, a eleição de candidatos levantados por denominações e ministérios,de forma específica.Em 2012,a denominação que promete eleger muitos candidatos pelo Brasil é, acredite, a Assembléia de Deus. Nossa Igreja, como sabemos, sempre viu com certa preocupação a manipulação da política por meio da fé [ou vice-versa...]. Infelizmente, porém, muitos pastores "modernos" entendem que a Igreja tem um papel que vai muito além do amparo espiritual e social, segundo eles,à Igreja cabe,também,meter o bedelho nas eleições, influenciando seus membros a votarem em candidatos que o pastor julga ser o "enviado de Deus", o eleito para guiar o povo.

Conforme o senso do IBGE, a Assembléia de Deus é a maior Igreja Pentecostal [e evangélica ] do País,com 12 milhões de membros,divididos em 5.565 cidades brasileiras e,essa força religiosa se mostrará nestas eleições certamente.Tendo mais de 100 mil pastores ligados às duas maiores Convenções da denominação, a CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus),ligada à Igreja Mãe de Belém e a CONAMAD (Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil),ligada à Igreja de Madureira,iniciada pelo saudoso Pastor Paulo Leivas Macalão e,que hoje é liderada pelo pastor (Bp ?) Manoel Ferreira na Convenção e pelo seu filho pastor Abner Ferreira na Igreja de Madureira,A Igreja já tem candidatos 'oficiais' sendo apoiados pelos ministérios.

As duas Convenções já perceberam sua influência na esfera política e a possibilidade de eleger quem apoiarem e,estando presente em 95% das cidades brasileiras,a eleição de candidatos apoiados pela denominação não é muito difícil.

Os líderes assembleianos,ao abrirem as Igrejas para a política,o fazem por entenderem que isso favorece as igrejas de alguma forma.Uma das questões fundamentais é,sem dúvidas,a atuação mais firme,tanto nas Câmaras, no Congresso e no Senado Federal,diante de temas que podem dificultar a pregação do Evangelho,na percepção da família tradicional,contra as  leis específicas a questões homossexuais, e,também,a questão da legalização do aborto,além de temas éticos e morais que a igreja julgue uma afronta aos padrões bíblicos para a sociedade.

Só para lembrar:dos 76 deputados Federais da Frente Parlamentar Evangélica,24 são assembleianos.

Opinião::

Segundo Aristóteles, somos seres políticos.Política,ainda segundo ele,é o desdobramento natural da Ética.

Os dois conceitos do grande pensador são muito profundos e podem ser desenvolvidos de forma muito detalhada,porém,gostaria apenas de salientar que,embora sejamos naturalmente políticos,não devemos nos esquecer as finalidades primordiais das instituições.A escola ensina,a família educa,a Igreja espiritualiza o indivíduo.Quando nos desvirtuamos destas designações de trabalho, há as falhas nas funções das instituições,dos grupos.No caso da igreja que se embaraça em movimentos políticos,há a perda do foco,que é Cristo,e a atuação em algo na qual o Reino de Cristo não atua,uma vez que este Reino não é nesta terra,nem há a possibilidade de ser implantado aqui.Dessa forma,não é bom à Igreja ver-se envolvida nestas questões.

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