68 Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. (João 6)
Num dado momento, Cristo observa seus discípulos voltando do caminho proposto por Ele. Ouvindo os discursos do Messias Ungido de Deus, acharam que a Lei do amor era por demais pesada e extremamente difícil de manter-se fiel. Creio que era válida a dúvida daqueles homens e a concepção de que o caminho é difícil, que a porta é estreita (Mt.7.14),porém, note-se que tais homens,levados pela direção da carne, voltaram e não seguiram mais a Cristo. Mas,nem todos voltaram...
Cristo,talvez decepcionado pela falta de comprometimento e força de vontade destes que voltaram e o abandonaram, volta-se para os que restam e os confronta de uma forma que poderia desmotivar a muitos que ali estavam.Jesus os pergunta se não queriam retroceder como fizeram os demais (Jo. 6.67). Num primeiro momento, imagino que aqueles que ouviram Jesus proclamar estas palavras,sentiram-se,talvez, rejeitados pelo Mestre ou,quem sabe, tidos como de menor importância pelo Mestre, não sei, mas é fato que uma palavra destas pode nos causar grandes desconfortos, principalmente se vier de alguém que consideramos a amamos bastante. Mas não foi de forma ofensiva que os que ali permaneceram receberam estas palavras.
São em situações adversas que são manifestados aqueles que estão na fé e aqueles que não tem nenhum apreço pela fé apostólica. Os discípulos que restam, começam a ver seu grupo minguar e ter muitos fervorosos abandonarem o Mestre que afirmavam amar tanto. O abandono de coligados nossos,irmãos, do grupo que participamos é algo que muito nos causa impacto.Em alguns surge o questionamento se,de fato, aquilo que é transmitido é real e digno de valor. Não foi este o espírito que envolveu os que se mantiveram fiéis,pois,como dissemos, eles mantiveram uma fé viva e genuína. É essa fé que salva o indivíduo na hora da crise,é essa fé que remove a vergonha e humilhação, é essa fé que fomenta em nós uma esperança sem limites! E,eles mantiveram essa fé...
Uma pausa para digerir as palavras do Mestre e,quando parecia que o silêncio ia reinar e remover um a um daquele lugar, levanta-se Pedro, o apóstolo das ações mais certas que geram frutos excelentes, e diz: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna." (v.68) . E as coisas se invertem completamente ..... Agora,Cristo não é apenas mais um profeta do deserto, não é uma voz perdida apregoando mensagens celestiais, agora, na concepção dos apóstolos, já estava revelado que era aquele galileu, já sabiam que tratava-se do glorioso e Eterno que havia de vir (v.69),já não era um desconhecido,era o próprio Deus,revelado àqueles que criam nele. Nestes, não havia a menor possibilidade de olhar para trás e retroceder, não havia o desejo do passado, não havia saudades de ilusões, pois eles,agora, já sabiam quem possuía condições de dar vida eterna!
G.N.Q. - Verdade Profética
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