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17/06/2013

O 'Aleluia' da aprovação

Olá,pessoal, graça e paz...

Há muitas pregações que atravessaram os limites do tempo e até hoje falam. Tratam-se daquelas que, mesmo após séculos, mantém-se vivas e com profundo significado quando escutamos. Podemos citar o discurso de Pedro, em Atos 3, ou mesmo o discurso de Jônatas Edwards, o grande avivalista, com seu sermão 'Pecadores nas mãos de um Deus irado', e outros tantos como João Wesley,por exemplo. No entanto, quando comparamos tais pregações com aquilo que é dito em muitos púlpitos por aí, notamos diferenças gritantes, grosseiras e sem nenhum ponto comum. Ao que parece, a ênfase dada por muitos pregadores é aquela que vê o ouvinte como o todo-poderoso, coloca-o como vencedor, aquele que pode tudo, bastando que para isso, use o 'poder da fé', 'determinando sua própria vitória'.

Muitos pregadores deste nosso tempo têm colocado o ouvinte como o centro de suas pregações, têm conferido ao 'expectador' ser o centro do culto e da mensagem que, via de regra, deveria ser o Cristo ressuscitado. Desprezando completamente o fator pedagógico de uma pregação, liberam palavras como 'você vai vencer', 'quem tem promessa não morre', entre outras que visam amaciar o ego daquele que está ouvindo. Mas por que motivo o pregador faz isso? vejamos:

Aceitação como forma de gerar receita: Grandes pregadores, que mantém uma agenda regular de pregações, com diversas mensagens por todo o País em vários Congressos e igrejas diferentes, precisam ganhar os ouvidos e a atenção dos que lhe ouvem, conferindo,assim, uma oportunidade de manter-se ativo em seus trabalhos. Para isso, uma mensagem 'light', que agrade quem ouve, é fundamental.

Então, muitos destes pregadores que estamos falando, não pregam,de fato, a mensagem de Cristo, pregam,sim, uma mensagem que valoriza e enfatiza o homem, como sendo aquele que é capaz, pelo uso de sua fé, de alcançar seus objetivos, sonhos, vitórias e conquistas. Neste cenário, colocam Deus e Cristo de lado, sem nenhuma possibilidade do Espírito agir por seu intermédio.Mas, em que ponto, a pregação dos homens citados acima,os grandes pregadores, se diferem daquilo que é pregado pelos pregadores mais modernos ?

  • Uma mensagem centralizada em Cristo: Pregações que atravessam o tempo, os séculos, as Nações, fundamentam-se em Cristo e o colocam glorificado, ainda que,para isto, sejamos humilhados;
  • Confissão e arrependimento: A pregação genuinamente cristã, que gera frutos e move a mão de Deus, com sinais e maravilhas, é aquela que traz ao homem a necessidade de arrependimento contínuo a Cristo,o que eles não esqueciam de enfatizar.

Em tais pregações, eu duvido que se fizessem ouvir 'aleluias' ou 'glória a Deus', muito pelo contrário, a verdadeira glorificação a Deus se dava ao final, quando o pecador arrependido e rendido no Altar se curvava a Cristo, reconhecendo suas misérias, culpas e delitos.Não se viam nas pregações dos grandes avivalistas movimentos espetaculares,antes, suas mensagens eram carregadas de temor e tremor naqueles que ouviam e,por vezes, muito medo,o qual era aniquilado quando o ouvinte provava da misericórdia e do favor divino ao término da Mensagem.

Tomemos cuidado para que o 'Aleluia' que falamos, não seja o medidor de aceitação em mensagens vazias.

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