As celebrações da Páscoa no Antigo Testamento,bem como todas as demais festas e celebrações previstas na Lei,apontava para toda a obra redentora realizada por Cristo.Cada detalhe daquilo que era realizado nas celebrações apontava,de alguma forma,para algo daquilo que Jesus realizaria em seu ministério.Como sombra,tais eventos mostravam profeticamente a missão redentora de Jesus(Cl.2.17).
Chegado o momento da Páscoa,Jesus e seus discípulos,bem como os demais judeus,preparavam-se para as celebrações em Jerusalém.No início a celebração era familiar e íntima,mas,nos tempos de Cristo,as multidões de Israel afluíam a Jerusalém para celebrar a Páscoa e,portanto,era expressivo o número de judeus de toda Israel,e de outros locais,em Jerusalém para a festa da Páscoa.Era difícil encontrar um local para celebrar uma vez que a cidade não tinha estrutura para tamanha peregrinação e os discípulos entendendo isto,perguntam a Jesus onde seria realizada sua Páscoa.A euforia por parte dos discípulos em participar da Páscoa era grande e Jesus também tinha grande interesse em participar com eles,e designou um Cenáculo(refeitório),no qual celebrariam.
O interesse de Jesus Cristo em participar da Páscoa tinha um motivo muito importante pois seria sua última em comunhão com seus discípulos(Lc.22.16).O Mestre celebrou a última ceia e instituiu a Ceia do SENHOR,a Santa Ceia,na qual tipificou como seu sangue o vinho e o pão como seu corpo(Lc.22.19-20).Ao participar da Ceia com os discípulos,Cristo ordenou que este ato fosse repetido até Sua volta,a celebração da Santa Ceia deve,então, ser realizada até que Jesus retorne a buscar sua Igreja(1Co.11.26).
Ao instituir a Celebração da Santa Ceia à Sua Igreja,Cristo estabelece dois elementos básicos:o pão asmo(sem fermento) e o vinho (suco de uva) não fermentado(Mt.26.26-28).Os dois elementos,que figuram a morte de Jesus,deveriam não conter nenhum fermento,não deveriam ter passado por nenhum processo de fermentação(Êx.12.15).No contexto espiritual,o fermento é associado ao pecado e à corrupção espiritual e,dessa forma,a Páscoa não deveria conter nada produzido com fermento.Então,não conter fermento naquilo que os israelitas consumiriam era uma maneira de mostrar que a opção de extirpar o pecado é puramente nossa e individual.Há,ainda,entre os carnais,a idéia que Cristo, com seus discípulos,consumiu,na última Ceia,o vinho fermentado como hoje conhecemos, que inclusive havia na época,desconhecendo que,na cultura judaica da época havia diferença entre vinho fermentado e vinho não fermentado, ou seja,o vinho propriamente dito,fermentado e com teor alcoólico e o suco de uva como produto da vide,o suco de uva sem nenhum processo de fermentação,como o próprio Cristo deixou claro(Mt.26.29).
Sendo símbolo do pecado,o fermento não poderia ser consumido pelo povo de Deus no período pascoal(Êx.12.20).Nada levedado deveria ser consumido pelos israelitas no período da Páscoa.As celebrações envolviam um padrão de santidade para que fossem aceitáveis a Deus,e este padrão ainda é vigente na nossa celebração da Páscoa que realizamos a Deus,embora muitos dos elementos e da liturgia do AT não sejam úteis à Igreja(1Co.11.28-29).Quando nos apresentarmos à mesa com o SENHOR devemos nos voltar em santidade a Ele afim de não sermos condenados com o mundo(1Co.11.32).
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