A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil vai apoiar um dos dois candidatos evangélicos que concorrem à Presidência da República, ou seja, Marina Silva (PSB) ou Pastor Everaldo (PSC), revelou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o pastor Lelis Washington Marinhos, presidente da comissão política da CGADB. Segundo o pastor, a comissão política e demais lideranças chegaram a esse consenso em uma reunião realizada nesta quinta-feira, 4. A reunião contou também com a presença do presidente nacional da CGADB, pastor José Wellington Bezerra da Costa, que avalizou a decisão.
"O apoio vai ficar entre esses dois, entre Marina e o Pastor Everaldo, já há esse consenso", disse Lelis. Segundo ele, a CGADB decidiu que irá chamar novamente esses dois candidatos para conversar já nos próximos dias, em especial no caso da Marina, que não conversou mais com a comissão política da congregação desde que se tornou candidata, após a morte trágica de Eduardo Campos, em 13 de agosto.
Em 4 de agosto, Marina havia participado de um encontro com integrantes da CGADB, como candidata a vice e ao lado do então presidenciável do PSB, Eduardo Campos. No mesmo dia, Everaldo havia também feito uma apresentação para o grupo de pastores. "O cenário era outro, houve uma reviravolta como vocês tem acompanhado", pontuou Lelis.
O pastor Lelis afirmou também que a CGADB vai apoiar qualquer um desses dois candidatos que chegar ao segundo turno, admitindo que no cenário atual a probabilidade maior é de Marina, dadas as pesquisas de intenção de voto. "Isso está bem cristalino e também foi discutido hoje", afirmou.
Em 2010, a CGADB apoiou a candidatura do tucano José Serra. Neste ano, a congregação também recebeu o candidato do PSDB, Aécio Neves, e antes da mudança de cenário com a morte de Campos, ainda admitia a possibilidade de escolher pelo apoio a Aécio. O pastor, que preside a comissão política da congregação, disse que a conclusão agora é de que esse apoio não faria sentido. "Como a igreja tem um projeto que contempla e que dá preferência a evangélicos, não faria sentido apoiar um candidato que não é da igreja." Tanto Everaldo como Marina são membros da Assembleia de Deus.
Sobre a forma que Marina vem conduzindo a campanha desde que assumiu a cabeça de chapa pelo PSB, Lelis disse que é avaliada positivamente pela CGADB, mas com ressalvas. "Alguns posicionamentos dela, a gente gostaria que fossem mais objetivos, mas temos que respeitar a tudo e a todos", disse Lelis em referência a posições de "princípios da igreja", como ser contra o casamento gay e o aborto. Marina tem dito ser favorável às condições de aborto já previstas em lei e pelo direito à união civil gay, também já prevista pela Justiça.
Lelis também admitiu que a decisão de hoje foi possível considerando o recuo do programa de governo, no capítulo de direitos LGBT, com a errata que causou polêmica nos últimos dias. "Melhorou", afirmou. "(Sem alteração) ficaria complicado", completou. Ele destacou, no entanto, que por parte da CGADB não houve qualquer pressão ou sequer contato com a equipe de Marina para pedir alterações no texto.
Fonte: Estadão Conteúdo
Comentário:: Infelizmente, a direção da Convenção Assambleiana mais importante de todo o Brasil, que representa milhões de crentes em todo o território Nacional, encontra-se dividida entre um candidato irrelevante (Pastor Everaldo) e uma candidata que não expõe seu projeto e naquilo que realmente acredita. Acreditamos que o primeiro não prosperará em sua tentativa de alcançar o cargo máximo do funcionalismo público - e ainda bem por isso! A segunda,porém, tem sido ovacionada por diversos setores da sociedade, em especial os meios de comunicação, que a veem com muito deslumbramento, como se ela representasse uma 'nova política' ou coisa do tipo, o que é um engano terrível. Marina constitui-se no que há de mais arcaico em termos de política, uma vez que sua principal ferramenta é justamente a falta de um projeto que contemple a dimensão deste País, ou,em outras palavras, um projeto que contemple todos os diversos 'Brasis' do qual cada um de nós faz parte. Em sua trajetória política, fica claro notar o constante conflito entre aquilo que ela afirma acreditar e suas práticas e conduta, refletindo,portanto, aquilo que ela sempre foi e será: uma das tantas criações de Lula e do PT, que tem como intuito unicamente alcançar o poder, desprezando um plano efetivo de governo. E, lamentavelmente, as Assembleias de Deus no Brasil se colocam ao lado de alguém com tais características. Cabe a nós mesmos,então, alimentar nosso próprio senso crítico e acreditar num Brasil possível que não esteja nas mãos nem do PT e nem mesmo de outros que,afirmando serem crentes, tentem através da Igreja erguer-se para governar, nesse cenário, não podemos permitir a dúvida e,portanto, o candidato que efetivamente tem algo a acrescentar em termos de gestão pública é somente um: +Aécio Neves
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