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30/10/2013

(SE) Reforma, Protestante!

Estamos vivendo um clima de lembrança, um período de reflexões em torno do dia 31 de Outubro, por ocasião da Reforma Protestante. O evento histórico, que teve como seu principal nome Lutero, realmente precisa retornar ao início de tudo, rever onde tudo começou a dar errado, dentro da nossa própria concepção de Salvação, Fé, Vida com Deus e,pasmem, acerca da própria forma como enxergamos ao Cristo que [dizemos] ser nosso Salvador e Senhor. Não vou enumerar argumentos que comprovem a necessidade de um retorno às portas da Catedral de Wittenberg, e rever as 95 teses, antes, gostaria de propor outra reflexão não menos importante que a anterior,mas, aplicando o conceito da Reforma a nós mesmos, individualmente.

É fato que aquilo que é pregado atualmente por muitos não consta no genuíno Evangelho - isto é algo inegável! Mas, apesar de ser algo fruto das ideologias pastorais, não há como negar que os 'crentes' parecem buscar uma mensagem que se adeque a seus anseios. Já não se trata de ser moldado por uma verdade que o transformará, mas, dadas as diversas modalidades de 'evangelho' colocados à sua disposição, cabe a ele apenas escolher aquela que corresponde às suas expectativas. Na escolha (quero crer que seja uma escolha inconsciente...), são avaliados diversos fatores: se o conteúdo tem promessas de prosperidade, grau de comprometimento, crescimento e visibilidade, estrutura, conforto, distância, custo (ofertas, sacrifícios, campanhas, dízimos, trízimos,etc). Essa avaliação se dá no campo das generalidades, é uma análise geral daquilo que ele terá de dispor para servir na denominação escolhida, nesse ponto, a questão das ofertas - aqui apresentado como custo - parece que tem um papel não determinante na escolha. Ao que parece, o fiel está disposto a ofertar sem murmurar altas quantias desde que seu retorno seja garantido, sua voluntariedade em contribuir será mais intensa à medida que vivenciar mais milagres.

Essa geração de crentes não avalia somente os aspectos das generalidades,mas, tendo esta primeira análise, outras duas virão, estas sim terão mais peso em sua escolha. A questão seguinte é uma bem específica: o líder. Não parece que um indivíduo avaliará um pastor para decidir congregar ou não em determinado lugar,mas, é o que tem acontecido não poucas vezes. A figura do pastor, tida como uma liderança espiritual importante no nosso tempo, ora visto como aquele que tem o poder profético em suas mãos, de trazer,mediante a sua palavra, a existência do sobrenatural, ora visto simplesmente como um amigo de conversas informais, deve ter, necessariamente, algumas características: ser carismático, ter uma mensagem elaborada, saber ouvir, ter uma palavra doce, possuir o 'sim'. Todas estas exigências fazem parte do crente pós moderno para a sua figura de pastor ideal, haja vista ser este aquele que,para ele, terá 'poderes' sobre a sua vida. Então, tanto uma palavra impactante e com poderes terapêuticos quanto uma oração 'forte' são indispensáveis para nutrir este fiel, bem como ter sempre aquela famigerada promessa que garante ao seguidor um decreto de vitórias irrevogável, a qual nem mesmo Deus pode dizer não.

Por fim, após adquirir um pastor ideal, é preciso observar também quem anda pelo templo. Já não são aceitos cultos onde alguma coisa saia do normal, já não admite-se o sobrenatural nos cultos. A racionalidade deve ter lugar central nos cultos,isso todos sabemos,mas agora também a racionalidade também opera no Espírito Santo, segundo os nossos padrões 'teológicos', o Espírito atua ou não, dependendo daquilo que entendemos como certo ou errado, como conveniente ou inconveniente nos cultos. Bom, se o próprio Espírito Santo é regulado, nem preciso dizer que os congregados também serão objeto de análise! Mas com eles é menos rígido: somente uma boa olhada na cara dos 'irmãos' já dá para perceber se vai dar certo ou não. Outras coisas nessa terceira análise também são levadas em consideração, como por exemplo: renda média, hábitos, origens (é ex o quê?). Sobre estes três pontos, gostaria de expandi-los, vejamos:
  1. Renda Média: Alguém pode perguntar: "Mas como saber isto?", bom, a resposta é bem simples e clara e pode ser explicada da seguinte forma: Como se trata de uma análise, os detalhes são fundamentais; no inicio do culto,por exemplo, como a maioria chega à igreja? táxi, ônibus ou carro próprio? No decorrer do culto: Quais as marcas de roupas utilizadas (exclua aqueles que se apresentam no louvor, no púlpito, e os obreiros...)? e,ao final do culto: Aqueles que saíram de carro, qual é o ano/marca do automóvel? Após isto, o candidato a membro estará apto a saber a renda média daquela congregação;
  2. Hábitos: Quanto aos hábitos, não há muito que se falar, apenas leva-se em consideração situações comuns, como por exemplo, a educação dos membros, a recepção, a disciplina no culto, etc;
  3. Origens (É ex o quê?): Esse,é sem dúvida o pior, pois é uma visão sobre aqueles que formam aquela igreja. Por exemplo: Se a igreja é predominantemente formada por ex-católicos,  você até pode não gostar do catolicismo,mas, aceita pois não há grandes diferenças principalmente neste modelo de protestantismo de hoje em dia, aliás, há quem não identifique variações entre um e outro. Por outro lado, se a igreja é formada por ex-traficantes, ou ex-travestis, ou quem sabe por alguém que seja ex-presidiário, nem pensar em congregar ali! Dizemos que esta é a pior modalidade de análise pois é aquela que põe em dúvida a eficiência do sangue de Jesus Cristo na regeneração do pecador.


Esse é,infelizmente, o retrato de muitos daqueles que afirmam ter uma fé pautada nos ensinos de Cristo. Pessoas voltadas para o seu próprio bem-estar, inclinados a viver um evangelho que em nada interfere em suas vidas, algo que não tenha um poder transformador, uma vez que não há intenção nenhuma em mudar de vida! 

*Feliz Reforma!

Crédito(s)-Imagem: Tipografos.net

29/10/2013

Você já falou como um oráculo de Deus?

O que aconteceria se nos tornássemos indivíduos que oram sem cessar e buscam a presença de Deus de maneira apaixonada? Poderíamos nos flagrar falando como oráculos de Deus e porta-vozes da vontade divina! O leitor acha que estou inventando esse conceito ou criando uma doutrina nova e estranha? Eu nunca faria isso. Foi o apóstolo Pedro que disse: 

"...servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
 Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, ma quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém." (1 Pedro 4.10-11)


Pedro e João tiveram experiência com a 'oração de declaração' no dia em que encontraram um aleijado na porta Formosa do templo de Herodes, em Jerusalém. Naquele momento, não fizeram uma prece pela cura do homem, embora isso seja perfeitamente bíblico e aceitável. Também não pediram que Deus lhes desse sabedoria, porque já sabiam qual era a vontade do Senhor naquela ocasião. O Espírito Santo transformara seu coração e tomara sua vida.

Pedro fitou aquele pedinte profissional, estendeu a mão e disse, numa declaração divina: "não possuo prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram."(Atos 3.6,7).

TENNEY, Tommy.Orações dos Caçadores de Deus, p.65,66. Editora Betânia.

14/10/2013

Dia dos professores para lamentar

Próximo dia 15 de Outubro, terça feira, é comemorado (?) o Dia dos Professores (eu prefiro dizer Dia do Mestre...) no Brasil. Sinceramente eu não consigo identificar motivos que tornem este dia um momento de alegria aos docentes. Sejam pelas recentes demonstrações de como o Estado (principalmente no Rio de Janeiro) trata seus servidores de uma área tão estratégica, ou mesmo das políticas públicas que não correspondem ao apelo de uma Educação de qualidade e que satisfaça plenamente o saber e,desta forma, o desenvolvimento dos alunos.

Cenas deprimentes que, de fato, nunca em minha existência imaginei assistir, têm se mostrado nas ruas do Estado que já foi a Capital deste País, aquele que apresentou ao Brasil e ao mundo alguns dos maiores escritores, poetas, educadores, artistas, já vistos, com contribuição singular para a humanidade; um pólo que forma um grupo seleto de pensadores, gestores que, ao lado de outros tantos, farão a diferença neste País. Neste cenário, onde a figura do Mestre, Professor, das mais diversas áreas do saber, é indispensável,pois são aqueles que realmente pode fazer mais pela educação, para outros, estas verdades não são tão claras, governos com outros interesses tratam a Educação, e por conseguinte o Professor, como algo que não merece atenção, incentivo, apoio ou,pelo menos, respeito... 

Policial do RJ em rede social após protestos.
Talvez, nesta situação tão constrangedora, humilhante e desnecessária, pela qual os docentes têm passado, seja resumida única e exclusivamente nisto: falta de respeito. Professores tratados como marginais, com spray de pimenta 'na cara' , cassetete quebrado em, vejam vocês, professores... O mesmo que ensina o filho do policial militar, o mesmo que ensina a ler o filho dos guardas municipais, tem, ironicamente, seu grito por uma Educação de qualidade sufocado pelas mãos daquele que é, também, vítima do mesmo sistema corrupto. Eis aí, a demonstração nua e patente da maneira nociva que o Sistema Educacional vem sendo tratado, uma vez que o próprio servidor militar,policial, usuário dos serviços públicos, exercido por outros servidores, não é capaz de identificar, ou mesmo questionar a legalidade daquilo que está sendo feito contra os professores. Bem, talvez haja amparo legal para espancar professores como se fossem marginais, mas, no mínimo, tal prática é imoral, corrupta, ditatorial. 

E, nestes dias, apenas nos cabe lamentar e pedir desculpas aos professores. Comemoração? Nenhuma por certo! Apenas nossa sincera vergonha diante da maneira que os professores vêm sendo tratados!


Crédito(s): Imagem: Internet

07/10/2013

A Doutrina dos Provérbios

A essência do Livro dos Provérbios é o ensino da moral e dos princípios éticos. A peculiaridade deste livro é que ele ensina principalmente por meio de contrastes. Especialmente dignos de nota são os capítulos 10-15, onde quase todo versículo distingue-se pela palavra "mas".Na primeira seção, os capítulos 1-9, também foram empregados contrastes entre o bem e o mal. O bem nesta seção está indicado por diversas palavras sabedoria, instrução, entendimento, justiça, juízo,equidade, conhecimento, discernimento, saber, conselhos – mas especialmente sabedoria, que aparece dezessete vezes nesta porção e vinte e duas vezes no restante do livro. A bem conhecida declaração de 1:7, "o temor do Senhor é o princípio do saber", repetida no final da seção (9:10) pode ser considerada o tema do livro. Esta declaração reaparece ao pé da letra (com as cláusulas invertidas) no alfabético Salmo 111:10, e em forma quase idêntica no clímax do capítulo 28 de Jó,o qual descreve em forma altamente poética a busca da sabedoria.

Peculiar a esta seção de Provérbios é a personificação da sabedoria como se fosse uma mulher. Pela primeira vez aparece em 3:15.Provérbios 7:4 abre o caminho à personificação: "Dize à sabedoria: Tu és minha irmã". Ela se completa nos capítulos 8 e 9, onde a Sabedoria convida os tolos a participarem de sua festa. Só em Provérbios e só nesta primeira parte a sabedoria foi assim personificada.É essencial à compreensão desta primeira parte que se reconheça esta personificação. Considerando que "sabedoria" em hebraico é um substantivo feminino, é natural e prontamente personificada em uma mulher. Mais do que isto, o autor aqui contrasta a "sabedoria", uma mulher virtuosa, com a prostituta, a mulher estranha. E tal como a sabedoria representa todas as virtudes, provavelmente a mulher estranha tipifica e inclui todo o pecado.O contraste é estudado e artístico. A Sabedoria clama nas ruas (8:3).Seu convite é: "Quem é simples, volte-se para aqui" (9: 4). Em contraste,a mulher tola, que convida às águas roubadas e cujos convidados estão nas profundezas do inferno (9:17,18), faz um convite idêntico: "Quem é simples, volte-se para aqui" (9: 16). A Sabedoria chama os simples a abandonarem o pecado; a prostituta os chama à indulgência para com ele. Esta seção, Provérbios 1 a 9, contrasta portanto o pecado com a justiça. As palavras "sabedoria", "instrução", "entendimento", etc.,através de toda esta passagem, não se referem simplesmente à inteligência e capacidade humanas; mas antes contrastam com aquilo que é mau. A sabedoria conforme usada aqui é portanto uma qualidade moral. Deve-se notar que este é um uso especial. Na maior parte do Velho Testamento, a sabedoria é simplesmente capacidade ou sagacidade. Até no Eclesiastes, onde a sabedoria também foi enfatizada,é apenas inteligência humana e portanto foi colocada ao lado da loucura como vaidade (Ec. 2:12-15).Só em Jó 28 e em certos salmos (37:30; 51: 6; 91: 12; 111:10) é que se nota o conceito proverbial da sabedoria. Mesmo a sabedoria pela qual Salomão se tornou famoso nos livros históricos não era exatamente esta sabedoria. Ele ficou famoso por sua capacidade na ciência natural (I Reis 4:33), na jurisprudência (I Reis 31 16-28) e por sua grande inteligência (I Reis 10:1-9). Provérbios acrescenta ao conceito da acuidade mental a retidão moral a única que dá mérito à inteligência.Na segunda seção, os Provérbios de Salomão, 10:1 – 22:16, adoutrina é apresentada quase que exclusivamente através de versículos isolados. Através do capítulo 15, o ensino é feito por meio de contraste,indicado por um 'irias" no meio de quase todos os versículos. Subsequentemente há paralelos de idéias mais freqüentes que os contrastes. Esta seção cobre uma larga escala de assuntos e torna difícil fazer um esboço. O ponto de vista, contudo, é bastante consistente.Salomão faz um contraste entre a sabedoria e a loucura. E, como na Seção l, não é a inteligência versus a estupidez; é a sabedoria moral versus o pecado. Nesta seção a sabedoria não está personificada, mas os mesmos sinônimos da Seção I foram usados aqui em se tratando dela –entendimento, justiça, instrução. O louco também tem o seu paralelo: o zombador, o preguiçoso, o obstinado.As seções seguintes (veja Esboço) continua nesta linha. Conforme Toy destaca (Crawford H. Toy, ICC sobre Proverbs , pág. xi), a ética do livro é muito alta. Honestidade, verdade, respeito pela vida e propriedade são os pontos nos quais se insiste. Os homens são aconselhados a exercerem a justiça, o amor, a misericórdia para com os outros. Uma boa vida familiar, com cuidadosa educação das crianças e um alto padrão feminino é o que se reflete.Quanto ao aspecto religioso, o Senhor se entende como o autor da moral e da justiça, e o monoteísmo é pressuposto. As referências à Lei e à profecia (29:18) ao sacerdócio e aos sacrifícios (15:8; 21:3, 27) são poucas, no entanto. O autor fala de si mesmo, inculcando princípios de boa conduta como vindos do Senhor.


(Extraído de:: Comentário Bíblico Moody)

Entendendo o Livro de Provérbios

ESBOÇO DO LIVRO DOS PROVÉRBIOS

I. Prólogo: Propósito e Temas de Provérbios (1.17)
II. Treze Discursos à Juventude sobre a sabedoria (1.8-9.18)
A) Obedece a Teus Pais e Segue Seus Conselhos (1.8,9)
B) Recuse Todas as Tentações dos incrédulos (1.10-19)
C) Submeta-se à Sabedoria e ao Temor do Senhor (1.20-33)
D) Busque a sabedoria e Seu Discernimento e Virtude (2.1-22)
E) Características e Benefícios da Verdadeira Sabedoria (3.1-35)
F) A Sabedoria Como Tesouro da Família (4.?- 13,20-27)
C) A Sabedoria e os Dois Caminhos da Vida (4.14-19)
H) A Tentação e Loucura da Impureza Sexual (5.1-14)
I) Exortação à Fidelidade Conjugal (5.1 5-23)
J) Evite Ser Fiador, Preguiçoso e Enganador (6.1-19)
K) A Loucura Inominável da Impureza Sexual a Qualquer Pretexto (6.20-7.27)
L) O Convite da Sabedoria (8.1-36)
M) Contraste entre a Sabedoria e a insensatez (9.1-18)
III. A Compilação Principal dos Provérbios de Salomão (10.1-22.16)
A) Provérbios Contrastantes sobre o Justo e o ímpio (10.1-15.33)
B) Provérbios de Incentivo à Vida de Retidão (16.1-22.16)
IV. Outros Provérbios dos Sábios (22.17-24.34)
V. Provérbios de Salomão Registrados pelos homens de Ezequias (25.1-29.27)
A) Provérbios sobre Vários Tipos de Pessoas (25.1-26.28)
B) Provérbios sobre Vários Tipos de Procedimentos (27.1-29.27)
VI. Palavras Finais de Sabedoria (30.1- 31.31)
A) De Agur (30.1-33)
B) De Lemuel (31.1 -9)
C) Acerca da Esposa sábia (31.10-31)

Extraído da BEP: Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD)

PONTOS CENTRAIS EM PROVÉRBIOS:
Chave: Sabedoria

Comentário:
Entre os Provérbios, a sabedoria começa em Deus; sua centralidade, sua situação básica é dada por sentada em todo o livro. Os sábios se colocam em um mesmo nível. Trata-se dos que confiam em Deus, que o conhecem, que refletem esta confiança e este conhecimento mediante sua conduta reta e amorosa para com seus semelhantes, de acordo com princípios divinamente aprovados. O bom e o mau estão vinculados com a recompensa e com o castigo, uma vez que Deus incorpora em si mesmo o amor e a justiça , de modo que deve promover o bem e evitar o mal.
Os padrões positivos e negativos do livro dos Provérbios proporcionam-nos uma prova valiosa de conduta pessoal. O Senhor Jesus Cristo aconselha seus discípulos a serem "prudentes como as serpentes..."(Mateus 10:16). A sabedoria dos Provérbios é o adorno do Antigo Testamento, pelo assim dizer, no que respeita às muitas exortações práticas das epístolas do Novo Testamento, verdade aplicável tanto ao grande discurso de quatorze pontos como à ampla, expressiva e concisa série de instruções e observações de que se compõe a maior parte deste livro, referindo-se aos muitos aspectos de nossa conduta diária.

Autor:
Provérbios 1:1 e 2 citam Salomão como seu principal autor, 10:1 - 22:16 são diretamente seus. Incorporou o primeiro grupo de "palavras" em 22:17 - 24:22 ("minha ciência", 22:17); e a passagem de 24:23-24 foi, talvez, acrescentada por ele, ou pelos homens de Ezequias, juntamente com a segunda série de Salomão, capítulos 25 a 29. Os discursos, capítulos 1 a 9, não têm data, porém existia um bom precedente oriental antiqüissimo que justificaria o fato de Salomão os antepor como uma introdução aos provérbios principais. Os poemas de Agur, de Lemuel, e da esposa virtuosa não têm data conhecida, mas poderiam ter sido acrescentados anteriormente, no tempo de Ezequias, embora talvez mais tarde. Assim, a data mais antiga para o livro dos Provérbios seria o reinado de Ezequias, imediatamente depois do ano 700 a.C., ou, quem sabe, algum tempo depois.
A literatura proverbial escrita já era antiga no Oriente Próximo: e estudos recentes (nem todos publicados) de contactos lingüisticos e fundos literários da região norte de Canaã, do Egito, da Mesopotâmia e de países heteus, ou hititas, indicariam que o livro de Provérbios foi escrito na primeira metade do primeiro milênio antes de Cristo.

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Kenneth A. Kitchen
Bacharel em Artes

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:

Provérbio: Máxima, expressa em poucas palavras e que se tornou popular. O primeiro provérbio citado encontra-se em 1 Samuel 10.12;19.24.

O Livro de Provérbios: Um dos cinco livros poéticos, que se chamam sapienciais, isto é, de sabedoria. Intitula-se,também, Provérbios de Salomão, porque são, em maior parte de Salomão. Consiste de 375 máximas; não são ligadas de maneira alguma em sentido e são expressas em poucas palavras. São adágios de sabedoria divina aplicados praticamente às condições do povo de Deus.

(Pequena Enciclopédia Bíblica. Boyer,Orlando,CPAD)

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