Negar a si mesmo como forma de evitar o confronto é um belo início para uma vida irrelevante. Na tentativa de evitar perder grandes amizades, ou manter uma boa relação com a família e colegas de trabalho, muitos são aqueles que, negando sua própria natureza, sua personalidade, abrem mão de ser quem realmente são afim de manter relações que entendem ser indispensáveis a si. Os conflitos, as divergências e opiniões conflitantes sempre existirão nas relações humanas e é bom que seja dessa forma, afinal de contas, o contraditório também ajuda a fortalecer nossas próprias convicções, abre os olhos para outras realidades que desconhecíamos, enfim, o bom debate muito mais ajuda que atrapalha neste sentido. Evitar a exposição de si próprio, ou, em outras palavras, admitir não ser protagonista de sua própria existência para não ser confrontado em suas convicções, é algo que além de tornar-se conflitante em vários momentos, não traz o resultado esperado.
A grande verdade quando não nos propomos a assumir quem somos, por mais doloroso que seja admitir nossa própria personalidade, nossas condutas, nossos comportamentos, abrimos mão ainda de todo o benefício advindo daquilo que seria resultado do que nossa personalidade reprimida traria. A grande dificuldade é desassociar de nós a ideia de que assumindo uma personalidade diferente, colheremos frutos melhores, ou seja, diante, por exemplo, de uma situação onde queremos gritar com alguém ou ‘falar umas verdades’ para outros, e não o fazemos pois acreditamos que não é o momento ou não é o local adequado ou porque gritar com aquela pessoa comprometerá nossa carreira na empresa, comprometerá nosso emprego e engolimos a seco a humilhação de ser pisados e ‘esculachados’.
Obviamente, porém, não nos esqueçamos da confiança cristã da regeneração, onde por um ato exclusivo do Espírito Santo, o indivíduo é levado a uma conduta diferente daquela destrutiva que habitualmente levava. Essa transformação se dá de tal forma que ele não sentirá a necessidade de reprimir-se uma vez que sua vida terá outros princípios que influenciarão no seu relacionamento com seu próximo, seja na família, no trabalho, faculdade, onde quer que esteja. A questão que queremos trazer é que a nossa vida, nossa conduta, nossa personalidade deve ser espontânea de acordo com aquilo que realmente somos, ou aquilo que temos nos aperfeiçoado para ser diariamente. Não se deve negligenciar quem somos no intuito de agradar a quem quer que seja, pois o maior prejudicado será o próprio indivíduo que assume ser aquilo que não o é.
Pense nisso!
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