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22/11/2011

Ah,a Liberdade Cristã! (Romanos 14)

Quando analisamos alguns textos bíblicos,especialmente os espetáculos de doutrinação Paulinas,vemos que a essência do Evangelho é simples e desprovida de rudimentos tolos e que muitos afirmam fazer algum sentido espiritual. Logo quando a Mensagem do Mestre de Nazaré veio ao mundo, surgiram dúvidas quanto à relação com o judaísmo,se teria autonomia,se seria superior ao Antigo Concerto,ou seja,como se daria o ensino de Cristo,visto como oposto à Lei,uma vez que a Mensagem de Cristo demonstrava a espiritualidade que o povo religioso havia perdido,dando lugar ao formalismo hipócrita.Com o desenrolar da História dos Crentes,vemos que o tronco de Jessé que glorificaria a Deus seria nós mesmos,ainda que não tenhamos conosco o sangue de Abraão.A distinção já se fazia quando era analisado o teor daquilo que Jesus falou.Com os Apóstolos a doutrinação esclareceu que o Evangelho não depende dos rudimentos do AT.

A LIBERTAÇÃO DE RUDIMENTOS PARA VIVER A FÉ
TEXTO BASEADO EM  ROMANOS 14:
 Texto de Gabriel N. Queiroz

Paulo,o Apóstolo,escrevendo aos Romanos,tratou da justificação pela Fé.Colocou a Fé bíblica como o meio único de alcançar a justificação de Deus,ou seja,o único meio de ser alcançado com as misericórdias de Cristo,é exercendo a Fé depositada no fundamento,que é a Palavra de Deus.Já nos primeiros textos,fica claro perceber a distinção que o Apóstolo faz entre os creem,com uma fé madura e sólida,e aqueles que são fracos, aqueles que se apegam a idéias puramente humanas e que não estão de acordo com o ensino bíblico. Entendido como um texto que aconselha suportar os fracos na fé,o texto de Romanos 14 começa levando-nos a compreender que por mais que a Mensagem seja uniforme e igual a todos,a compreensão dela é que se dá de forma plena ou não.Quando o ouvinte da Mensagem confunde-se com idéias de fora do Texto Sagrado, formam-se os crentes fracos a que Paulo se refere.Nesses casos,a tolerância dos mais espirituais deve se manifestar.

O princípio usado para o exercício da tolerância aos fracos na fé é a própria estrutura que nós possuímos, dotada de erros,falhas e preceitos que podem nos levar a assumirmos um papel que não nos cabe,o de julgadores do servo alheio.Sendo compostos da mesma estrutura passível a erros que nosso irmão menos espiritual,não temos autoridade para dosar a fé que outros crentes exercem em Deus,segundo a medida que o Espírito Santo concedeu a cada um.Mesmo nas diferenças no exercício da fé que há nos cretes,Paulo já assegurava que a experiência com Deus é tão pessoal que os resultados produzidos serão notados de forma diferente na vida de cada crente individualmente.Quanto a essas diferenças,cada atitude nossa é um ato individual que glorifica a Deus.Mostrando as posturas no exercício da fé,nas atitudes de fé,vemos que o ensino é abordado pelo Apóstolo dos gentios como algo opcional e de iniciativa do indivíduo,não uma reivindicação divina,mas,uma postura adotada com o fim de manifestar a fé espiritual,materializando-a.

Interessante  que no momento que adotamos um modo de expressar nossa fé a Deus,a ênfase não deve ser o ato em si,mas,a devoção que nos moveu a realizar tal atitude ou a não realizar outras.Não serão nossas atitudes que evidenciarão,por si mesmas,uma fé que,porventura,tenhamos em Deus.Paulo vai além do cumprimento de uma série de leis e doutrinas como forma de justificação diante de Cristo,afirmando que tanto a morte como a vida do crente é para Deus.Em outras Palavras Paulo disse que mesmos os opostos quando realizados pelo servo fiel,Deus recebe,aceita e justifica.No meio das atitudes,porém,a única restrição é quanto ao zelo das Escrituras,não devendo passar por cima desta com o pretexto de usar a fé.

O ponto mais alto de Romanos 14 é,sem dúvidas,o momento em que Paulo declara que  "o Reino não consiste em comida ou bebida(...)",no vers.17.Desmistificando um evangelho carregado de dogmas,o Apóstolo mostra a simplicidade na conduta cristã,devendo ser exercida de maneira puríssima no sentido de que nos aproximamos de Deus e mudamos naturalmente a nossa conduta.Certo é,porém,que a edificação mútua dos crentes como povo de Deus deve ser o foco nisso tudo.Na tentativa de manifestar uma fé viva, ativa,gloriosa,a única recomendação de Paulo é não desamparar o nosso irmão,mostrando que a nossa atitude com Deus,em termos de comunhão,passa,inevitavelmente,na maneira que nós nos relacionamos e nos dispomos aos nossos irmãos.A afirmativa proposta é claramente observada nos versículos 19 a 21,onde até mesmo nossa devoção a Deus deve possuir traços da comunhão cristã,sendo dosada por ela.

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