Desde o início da pandemia da Covid-19, muitas pessoas, inclusive algumas que não mantém uma vida muito religiosa, têm associado a pandemia a uma praga divina a nós. Será que há esta relação? Será que "Deus está bravo conosco"? Neste post tentamos discorrer sobre isto, relembrando aquilo que a bíblia falou sobre situações como estas.
Havia, no Antigo Testamento, uma forma de comunicação entre Deus e a humanidade que variava entre comunicação direta e audível como nos casos de Moisés ou Abraão, onde, segundo relata o texto sagrado, tais pessoas ouviram a voz divina e mantiveram uma comunicação com Deus ouvindo sua voz. Também, em outros casos, o Senhor utilizou-se de animais como no caso de Adão ou no caso de Balaão afim de se fazer ouvir sobre algum caso específico. Note o leitor que em qualquer dos casos há um propósito e uma mensagem bem definidos quando há esta intervenção divina comunicando-se com a humanidade.
Ao comunicar-se conosco, em momentos anteriores a Cristo, também haviam sinais divinos que transmitiam tanto a mensagem quanto o propósito a ser seguido àqueles a quem a mensagem era destinada. Imagens clássicas como Elias em seu confronto com os profetas de Baal, quando, após o sacrifício de Elias, o fogo dos céus caiu e consumiu o sacrifício oferecido a Deus. Naquela situação, o propósito era evidenciar, como evidenciou, que o Deus de Israel era superior àquelas entidades cultuadas pelas outras religiões.
Entre tantas outras formas de comunicação adotadas no Antigo Testamento, vemos, como é sabido, as pragas e julgamentos executados por Deus, seja de forma direta ou indireta. De forma direta nos casos de Sodoma e Gomorra por exemplo, quando o próprio Senhor executou povos que, segundo o texto, praticavam uma vida que O desagradava. De forma indireta temos a questão do Egito, que teve uma série de recados divinos na forma de manifestações espetaculares, naquela situação, cabe destacar que, no primeiro momento, as pragas não envolviam mortes. A maneira do Senhor apresentar-se aos demais povos que não pertenciam a Israel, por vezes, era na forma de aniquilação, mortes e maldições ao próprio território onde determinados povos viviam, plantavam e moravam.
E o Coronavírus?
Até o Antigo Testamento, o Senhor adotava um modelo de comunicação que variava entre fazer ouvir sua voz de forma audível e a aniquilação de povos. Essa forma de se fazer ouvir e transmitir uma mensagem foi sepultada no momento que Jesus consumou o novo Testamento em seu próprio sangue. Todas as demais formas de Deus transmitir uma mensagem foram substituídas pela mensagem do Senhor Jesus e pelos textos anteriores da palavra de Deus.