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14/02/2022

O culto estranho e a ordem e decência

 

Além disso, se a trombeta não emitir um som claro, quem se preparará para a batalha? 

(1 Coríntios 14.8)

Ao longo do exercício da fé, da caminhada cristã, é natural que haja uma evolução, ou uma mudança em relação àquele momento em que aceitamos a Cristo em nós pela primeira vez. Aquela emoção inicial do novo convertido logo vai tomando forma ao longo do tempo em que aprendemos nas Sagradas Escrituras o que é servir a Jesus e qual a maneira adequada de exercer um culto racional e com devoção espiritual a Ele. Ocorre que, não raro, muitos de nós somos levados a acreditar que a devoção racional e equilibrada interfere na compreensão da fé espiritual e dos assuntos cuja profundidade requer muito mais que uma confiança fruto de uma explicação lógica.


As redes sociais escancararam um fenômeno que, até então, era apenas de conhecimento de alguns crentes acerca de igrejas e ministérios que adotam um estilo de culto que foge completamente de um modelo neotestamentário ou mesmo do padrão que prevaleceu nas reuniões e cultos evangélicos há longo tempo e pacificado como aquele que é característico a todos os ministérios evangélicos, independente da referencia doutrinária. Não é difícil observar igrejas onde o movimento é mais importante que a pregação e propagação da Palavra, dando lugar a um culto completamente adverso de qualquer modelo racional que tenha espaço para algum ensinamento bíblico. Normalmente, estes cultos são caracterizados por:

  • Vestimenta específica, normalmente remetendo a cultos de matriz afro-brasileira;
  • Vinculação do culto ao movimento corporal: danças, rodopios, pulos, gritos;
  • Música que induz à grande agitação e descontrole, com uso de mantras, repetidos diversas vezes;
  • Pregações repletas de gritos e palavras de efeito.
É inegável que, quando o Apóstolo tratou da igreja em Corinto, ele estabeleceu aquilo que não deveria acontecer no culto. Basta uma lida atenta à carta que nota-se que ele não associou aquelas práticas a alguma força maligna, não! ele apenas salientou que tais manifestações estão sujeitas ao controle humano, do fiel, e que, até mesmo nas manifestações dos dons concedidos pelo Espírito Santo, há o dever de manter a ordem até mesmo naquilo concedido pelo próprio Deus. A sessão de doutrinação abrange até mesmo o 'falar em línguas': "Portanto, se eu não entender o significado do que alguém está falando, serei estrangeiro para quem fala e ele será estrangeiro para mim." (1Co 14.11). Então, até mesmo naquilo que é uma concessão divina a nós, há a necessidade de uso racional na manifestação das coisas espirituais.

Por fim, o apóstolo lembra que tais manifestações desordenadas evidenciam uma visão incompleta, limitada, infantil do Reino de Deus: "Irmãos, deixem de pensar como crianças. Com respeito ao mal, sejam crianças; mas, quanto ao modo de pensar, sejam adultos." (1 Co 14.20).

Diante disso, fiquemos com a mensagem do Apóstolo e não sejamos crianças na fé!
Deus abençoe!

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